A propaganda política no rádio e na TV para o segundo turno das eleições começa dentro de três dias, com o mesmo tempo dado às duas duplas de candidatos que disputam o governo mineiro e a presidência.
Paralelamente, haverá, até 28 deste mês, data do pleito, uma série de debates entre os concorrentes nos principais veículos de comunicação. Serão oportunidades altamente propícias à apresentação de propostas e à discussão de temas de interesse do Estado e do país.
Por mais que diferenças estritamente políticas estejam em jogo neste momento, uma vez que, tanto no cenário estadual quanto no federal, haverá o confronto de visões bem díspares sobre a sociedade e o papel do poder público na vida dos cidadãos, caberá ao eleitor dedicar especial atenção a proposições específicas e objetivas dos postulantes aos cargos.
Especialmente em Minas Gerais, onde, pela primeira vez em mais de 15 anos, a briga pelo Palácio da Liberdade não terá como protagonistas o PT e o PSDB – desta vez, os tucanos enfrentarão o Partido Novo –, são muitos os tópicos que devem ser observados antes que o eleitor tome sua decisão.
Nesta edição, são destacados pontos fundamentais dos planos de governo dos dois candidatos – com visões antagônicas em vários aspectos.
Um deles diz respeito ao enxugamento do déficit de R$ 5,6 bilhões nas contas estaduais. Como enfrentariam o desafio: com cortes e redução da máquina pública, renegociando dívidas, tomando novos empréstimos?
Da mesma maneira, é bom saber quais seriam as medidas adotadas por cada um dos concorrentes para viabilizar o sistema previdenciário mineiro, à beira do colapso.
Ainda: quais as posições de ambos quanto à privatização de ativos importantes, como Cemig e a Copasa? O que pretendem em termos de parcerias com a iniciativa privada? Qual o planejamento para recuperar e levar a patamares mais aceitáveis o desempenho no Estado em setores como a educação, a saúde, a segurança e a cultura?
São questões que devem ser respondidas de forma clara ao eleitor, nos próximos dias, sem meias palavras. Só assim, cada cidadão poderá fazer, com confiança e responsabilidade, sua opção final.