Filmes hollywoodianos e seriados de temática policial, muitas vezes ficcionais, expõem, com certa frequência, tecnologias superavançadas para a detecção, apuração e solução de crimes das mais diferentes categorias. São apresentadas equipes altamente qualificadas e “entendidas” em TI – Tecnologia da Informação –, capazes de fazer o trabalho mais rapidamente e com eficácia.
No Brasil, dentre as forças policiais, a Militar é a responsável pelo policiamento ostensivo e possui como missão constitucional a preservação da ordem pública, atuando preventivamente ao cometimento de ilícitos.
Porém, é possível afirmar que a PM (e qualquer outra instituição de segurança pública) não é um exemplo de uso da tecnologia para o auxílio no serviço diário como essas das séries norte-americanas. Pelo menos, não era...
Ontem, a Polícia Militar de Minas Gerais começou a colocar em prática o projeto Delfos no Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam). A nova estratégia para coibir as práticas criminais consiste em um sistema que vai monitorar, em tempo real e de forma integrada, as câmeras do Olho Vivo, os helicópteros e as viaturas da corporação, além de utilizar as leituras das placas automotivas com câmeras OCR (tipo específico para isso).
E, a “cereja do bolo”, tablets instalados em cada viatura da Rotam que darão aos policiais acesso ao banco de dados da PM, trazendo facilidade às abordagens de suspeitos e à resolução de ocorrências, como quando um criminoso rompe a tornozeleira eletrônica e entra no sistema para a recaptura.
A TI já trouxe para as polícias de várias partes do mundo contribuições para execução de estratégias, redução de custos operacionais e aumento da produtividade dos policiais.
É um componente que, na maior parte das organizações, sejam elas da segurança pública ou não, proporciona uma celeridade na resposta. Mesmo com as dificuldades de orçamento existentes, nenhum órgão policial deve ficar a reboque da revolução tecnológica.
Em o teste dando certo e o sistema apresentando bons resultados, a tecnologia será expandida para os demais batalhões da cidade, um excelente começo, já que a insegurança pública é um dos mais graves problemas sociais brasileiros.
Uma prova de que, um investimento de dinheiro público feito de forma inteligente otimiza o trabalho e traz agilidade, qualidade e segurança na proteção dos cidadãos.