As eleições municipais podem terminar em BH com uma renovação de mais da metade dos vereadores. Pesquisas internas feitas pelos próprios partidos apontam que somente 19 dos 41 parlamentares devem conseguir a reeleição. As outras cadeiras devem ser preenchidas com “sangue novo”, uma mudança que pode oxigenar o Legislativo municipal e, quem sabe, ajudar a sepultar uma eventual má impressão que tenha ficado da atual legislatura, marcada por duas cassações e até a investigação policial de um vereador. Por mais que os casos sejam isolados, a mácula costuma cair, ainda que injustamente, sobre toda a Casa.
Mudanças são sempre bem-vindas e, no Legislativo, podem dar novo gás às regras que ordenam o funcionamento da capital. É claro que há parlamentares cujo trabalho é reconhecido pela sociedade, e cuja continuidade será sinônimo de outros ganhos. Mas trazer novas cabeças ao plenário permite que outros grupos sociais consigam ter representatividade. E do que se faz uma democracia, senão da vontade da maioria, mas com a oportunidade para que outras vozes cavem o próprio espaço e também apareçam?
Quem venham novas ideias, novas lutas, novas bandeiras. Mas que as mais importantes, voltadas para o bem-estar coletivo, para o desenvolvimento econômico e sustentável da cidade e a preservação e a melhoria de direitos como saúde e educação continuem sendo amparadas por quem foi escolhido para representar o povo, deixando de lado interesses pessoais ou dos poderosos.