Definitivamente, o ano de 2020 parece um dos daqueles momentos em que se entra num mar aparentemente calmo, mas uma série de ondas vai tirando o chão, o ar, o rumo, fazendo o sujeito literalmente capotar, engolir água e comer areia. Às vezes, mal há tempo e condições de se aprumar e...lá vem outra onda.
Quando o assunto é Covid-19, onda, aliás, é um termo bem apropriado. Europa e Ásia já estão às voltas com uma segunda fase de contaminação pelo coronavírus. Talvez até mais intensa do que a primeira. Oxalá seja menos letal! Quem dera fosse possível pular ondas e fazer tal pedido. Com esse mar agitado, melhor não arriscar.
Aqui no Brasil passamos de 157 mil mortos, e oito estados já registram tendência de alta de novos casos, deixando claro que a pandemia ainda vai ditar muitos acontecimentos, impedindo por mais tempo que se respire livremente ou que se saiba exatamente para onde ir depois de cada capote.
Enquanto isso, segue a politização da discussão sobre a vacina - compra, eficácia, nacionalidade, obrigatoriedade e afins. E as ondas seguem, “num indo e vindo infinito”.
Na capital mineira os moradores têm agora outra preocupação: as cheias provocadas pelas chuvas, que, em muitas localidades, vem em “ondas”, derrubando casas, destruindo sonhos e colocando muitas vidas em risco.
Some-se a isso (pra listas apenas questões materiais) desemprego recorde, perda de renda, ventos fortes que ameaçam o contribuinte com novo imposto e inflação que afeta o bolso e impacta na qualidade e na quantidade de comida que o brasileiro hoje consegue colocar na própria mesa. Chega de onda, 2020!