O presidente Michel Temer disse que o ano de 2017 será fundamental para consolidar as políticas adotadas pelo governo no segundo semestre do ano passado. Entre as medidas citadas, Temer mencionou o teto de gastos para o setor público, a reforma da previdência, a reforma trabalhista e a reforma do Ensino Médio.
"Nos primeiros momentos, quando aqui chegamos, a sensação era de que isso levaria uns dois anos para serem completados. Muito bem. Em seis meses, contando a efetividade e a interinidade, nós levamos adiante todas elas", afirmou.
O presidente destacou que as medidas foram apresentadas em meio a momentos "razoavelmente tumultuados", com uma oposição "legítima e aguerrida". "Naturalmente isso poderia nos impedir de fazer, e ao contrário, o que nós levamos adiante foi exatamente fazer", disse.
Temer disse ainda que todas as medidas do governo podem ser alvo de críticas da imprensa. "Muitas e muitas vezes a crítica corrige rumos. Temos essa concepção democrática fundamental para levar o governo adiante."
Sobre a proposta de reforma trabalhista, Temer disse que haverá um longo debate no Congresso Nacional. "Aqui vai uma marca do governo, a marca do diálogo. Nós conseguimos harmonizar, ainda que minimamente, as relações entre empregados e empregadores", afirmou. "Penso que ela tramitará com maior facilidade. Claro que haverá ainda objeções e eventuais alterações, e isso cabe ao Congresso Nacional."
O presidente destacou ainda a liberação de recursos de contas inativas do FGTS e a redução dos juros do crédito rotativo do cartão de crédito. "Isso pode injetar muitos bilhões de reais na economia", afirmou. "Tivemos logo a compreensão, pelo diálogo, com aqueles que mantêm os cartões de crédito, e com isso o chamado crédito rotativo está sendo reduzido a menos da metade dos 480% de juros. Isso é mais um dado que teve grande e boa receptividade."
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