(Estadão Conteúdo)
SÃO PAULO – Em função da morte do ex-governador e candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, os organizadores do 25° Congresso do Aço cancelaram a segunda parte do evento no final da manhã desta quarta-feira (13). O presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil e presidente da ArcelorMittal Brasil, Benjamin Mario Baptista, interrompeu uma palestra, deu a notícia ao auditório com mais de 500 pessoas, a maioria empresários e executivos, e informou que, por causa do acidente aéreo com Campos, os painéis estavam encerrados. Conselheiro do Aço Brasil, presidente do Conselho da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade e presidente do Conselho de Administração da Gerdau, Jorge Gerdau era um dos mais emocionados. Ele participaria de um debate sobre a economia global. “É uma perda inaceitável para nós. Eduardo era um líder novo, jovem, competente como político e administrador. Especialmente no momento de hoje do país, mesmo que ele não se elegesse agora, é uma perda de uma jovem liderança para o futuro”, lamentou Gerdau. O ex-ministro Maílson da Nobrega, que seria um dos debatedores no painel, disse que estava chocado com a morte do ex-governador de Pernambuco. “O Brasil perde um líder promissor. E isso provavelmente terá desdobramentos políticos. A campanha ainda irá avaliar o que será feito, mas a lógica é que Marina Silva seja a candidata. A legislação permite isso”, declarou. Maílson contou que esteve apenas uma vez com Eduardo Campos, há cerca de um mês, em uma conferência em Recife. “Fiquei impressionado com a sua articulação de ideias. Queria ter a oportunidade de encontrá-lo mais vezes, o que lamentavelmente não poderá acontecer”, afirmou. O economista Eduardo Giannetti da Fonseca, um dos mentores da campanha presidencial de Eduardo Campos (PSB), seria o próximo conferencista do Congresso do Aço. Abalado, ele deixou o evento sem falar com a imprensa.