Autoridades reforçam alerta aos moradores para que façam a limpeza correta ou até mesmo o descarte
Dados demonstraram ainda que 86% dos focos estão em ambientes domiciliares (Aline Resende/PBH)
Capaz de acumular água parada, o pratinho de planta é o principal vilão no combate ao Aedes aegypti em Belo Horizonte. Varredura nas casas da capital feita pela prefeitura apontou que material doméstico responde por quatro a cada dez criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. Autoridades reforçam o alerta aos moradores para que façam a limpeza correta – ou até mesmo o descarte –, principalmente na temporada de chuva, que aumenta o risco das doenças.
A constatação está no Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa), divulgado nessa semana. A pesquisa identifica as áreas com maior concentração de focos e os tipos de criadouros mais frequentes. O estudo apontou que 0,6% dos imóveis visitados estavam com larvas do mosquito, o que classifica a capital como área de baixo risco. Pela padronização do Ministério da Saúde, se o resultado for igual ou maior que 4%, o risco é considerado alto. De 1% a 3,9%, médio.
Mesmo com o baixo risco, o alerta aos moradores não pode ser ignorado. Os dados demonstraram ainda que 86% dos focos estão em ambientes domiciliares, o que reforça a necessidade de cuidados.
“As nossas ações preventivas e de conscientização são realizadas durante todo o ano, mas com o resultado em mãos conseguimos intensificar os cuidados em ambientes específicos. Já compartilhamos as informações com nossas equipes, mas lembramos que é indispensável a colaboração das pessoas. Esse é um trabalho que vai além da atuação do poder público”, disse a subsecretária de Promoção e Vigilância à Saúde, Thaysa Drummond.
Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti têm sido feitas. Agentes de Combate a Endemias (ACE) percorrem imóveis reforçando às pessoas orientações sobre os riscos do acúmulo de água.
Outra medida é a aplicação de inseticida a Ultra Baixo Volume (UBV). Neste ano foram realizadas ações em mais de 94 mil imóveis. Além disso, a PBH informou que também utiliza drones, para a captação de imagens e aplicação de larvicida diretamente nos locais de risco. Esse ano foram realizados 46 sobrevoos considerando as nove regionais do município, alcançando mais de 10 mil imóveis.
Em 2024, já foram confirmados mais de 205 mil casos de dengue em Belo Horizonte e 124 óbitos. Já em relação à chikungunya são 10,2 mil registros e 13 mortes. Não há notificações de zika.
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