Resultado incontestável

43 urnas eletrônicas em Minas passarão por auditoria para comprovar integridade dos equipamentos

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
01/10/2022 às 13:43.
Atualizado em 01/10/2022 às 13:48
 (Lucas Prates / Hoje em Dia)

(Lucas Prates / Hoje em Dia)

Uma audiência pública no Tribunal Regional Eleitoral de Minas (TRE-MG), na região Centro-Sul de Belo Horizonte, selecionou, neste sábado (1⁰), as 43 urnas eletrônicas que passarão por auditoria no primeiro turno destas eleições. Minas é o segundo maior colégio eleitoral do país.

Neste ano, foram sorteadas 10 urnas que passarão pelo teste de autenticidade dos sistemas e 33 pelo teste de integridade, etapas que compõem a auditoria. Confira a galeria de imagens no fim da reportagem.

Foram selecionadas ainda seis urnas na capital mineira, que passarão por um teste piloto de auditoria com biometria do eleitor.

Segundo a juíza auxiliar da Corregedoria do TRE-MG, Roberta Rocha Fonseca, que preside a Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica para as Eleições 2022, as urnas são auditadas há 20 anos, com participação de auditores extraordinárias TSE e nunca foi confirmado qualquer indício de fraude.

Auditoria

O procedimento para selecionar os equipamentos eletrônicos é acompanhado de perto por 15 entidades, como Ministérios Públicos federal e estadual, Tribunal de Justiça (TJMG), Controladoria Geral de União, Tribunal de Contas do Estado e Tribunal de Justiça Militar.

Além desses órgãos, participam ainda representantes de partidos políticos, entidades fiscalizadoras e uma empresa de auditoria externa contratada pela Justiça Eleitoral.

Após a definição das urnas que serão auditadas - por indicação das entidades e por sorteio -  é realizada uma complexa logística para buscar as urnas nas seções eleitorais distribuídas por todas as regiões do Estado. 

Os equipamentos permanecem o tempo todo sob escolta da Polícia Militar, desde a cidade de origem até o TRE-MG, em BH, para onde serão encaminhadas.

(Lucas Prates / Hoje em Dia)

(Lucas Prates / Hoje em Dia)

Integridade 

Segundo o TRE-MG, o teste de integridade é uma simulação da votação oficial, com servidores do Tribunal, de outros órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público, que votam em urnas oficiais, como se fossem eleitores de verdade. No local de votação, a urna sorteada é substituída por uma de contingência.

Partidos políticos, coligações, federações e entidades preenchem previamente cédulas de papel com os votos que serão registrados em um sistema de contabilização nas urnas auditadas ao longo de todo o domingo de eleições. 

Ao final, o total de votos digitados na urna, cujo registro consta do Boletim de Urna, deve ser exatamente o mesmo da soma dos votos das cédulas de papel digitadas no sistema de apoio informatizado. 

Toda a simulação é filmada e acompanhada por auditores externos e interessados.

Autenticidade

No processo de autenticidade é verificado se as assinaturas digitais dos sistemas instalados nas urnas eletrônicas que serão usadas na votação oficial conferem com as assinaturas digitais dos sistemas lacrados no TSE no início de setembro.

A partir das 7 horas do domingo (1º), as 10 urnas são ligadas para que os dados da tela sejam conferidos com os do comprovante de carga. Em seguida, um programa verifica e validar as assinaturas digitais. Realizados esses procedimentos, a juíza ou o Juiz Eleitoral autoriza a impressão da zerésima, a partir das 8 horas, e a abertura da seção para a votação dos eleitores fica liberada.

Projeto piloto

Neste ano, o Tribunal Superior Eleitoral aprovou um projeto piloto com biometria real do eleitor como parte dos testes de auditorias. Em Minas, 6 seções eleitorais de BH farão o teste piloto. O teste dos equipamentos serão feitos no colégio Loyola, no bairro Cidade Jardim, região Centro-Sul da capital.

Na auditoria por biometria os votos não são computados.  “A participação com a biometria é apenas para fim de auditoria, ela não tem valor. O eleitor pode checar se esses votos foram validados", explicou a juíza Roberta Fonseca.

(Lucas Prates / Hoje em Dia)

(Lucas Prates / Hoje em Dia)

Resultado incontestável

A juíza auxiliar da Corregedoria do TRE-MG, defende que as eleições são limpas e transparentes. “Esse evento é para provar a honestidade e lealdade das nossas urnas eletrônicas, em prol da nossa democracia sã”, assegura.

A magistrada garante ainda que as urnas são invioláveis e que os eleitores podem exercer a cidadania com tranquilidade.

“Nosso foco é permitir que amanhã a população mineira possa ir às urnas confiando no nosso trabalho, no nosso sistema de eleição. Que seja um dia cívico, onde todos possam comemorar. E que possamos contar com o respeito de quem não ficar satisfeito com o resultado”, concluiu.

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