Toda a cenografia usada nas partidas da Série A do Brasileiro foi montada na Arena Condá. Até mesmo a bola estava à espera do trio de arbitragem, comandado pelo catarinense Rodrigo d’Alonso Ferreira, indicado pela CBF apenas porque já se sabia que Chapecoense e Atlético não entrariam em campo, já que é do mesmo estado do clube mandante.
Coube a ele, no vestiário, depois de aguardar a meia hora protocolar, registrar o duplo W.O. que, diante das circunstâncias excepcionais, não renderá punição ou multa – o Verdão do Oeste e o Galo terminam o campeonato com a pontuação anterior, três gols a menos no saldo e uma derrota a mais. Por volta das 18h20, a súmula da partida, em branco, apenas com a ressalva da ausência dos dois times, já havia sido publicada no site da CBF. Reprodução/CBF / N/A
Súmula em branco de Chapecoense x Atlético com a observação do árbitro sobre o W.O. duplo dos times
VIAGEM
Os médicos da Chapecoense que acompanham os sobreviventes brasileiros da tragédia confirmaram, em Medellín, que o retorno de três deles ao Brasil pode ocorrer nesta segunda-feira (12), caso a logística de transporte seja montada a tempo.
Os exames do lateral Alan Ruschel, do goleiro Follmann (que teve a perna direita amputada) e do jornalista Rafael Henzel revelaram que os três apresentam condições de suportar a viagem em UTIs aéreas para dar prosseguimento ao tratamento em hospitais brasileiros.
Ruschel e Henzel, que se recuperam de fraturas consideradas simples, serão levados para Chapecó, enquanto Follmann deve ser encaminhado ao Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Apenas o zagueiro Neto permanecerá na Colômbia, apesar da evolução de seu quadro. Livre da ventilação mecânica, mas ainda em estado considerado delicado, ele permanecerá na UTI por mais alguns dias, indo em seguida para um quarto.
Os médicos confirmaram que o jogador fez perguntas sobre o motivo da internação e a final da Copa Sul-Americana mas, por orientação psicológica, ainda não recebeu a notícia da queda do avião com a delegação e as vítimas fatais.