Henrique André
Luiz Castro, chefe de seleções da Argentina, demonstra imensa satisfação com a receptividade em Minas
Shampoo, jogos de Playstation e pomada para cabelo. Estes foram alguns dos produtos pedidos pela delegação argentina, antes de chegar à Cidade do Galo no início da semana. A hospedagem, que contou também a instalação de placas com os nomes dos jogadores na porta dos respectivos quartos, marcou de vez a boa relação entre o Atlético e a adversária da Seleção Brasileira às 21h45, no Mineirão.
O carinho entre as partes é tanto, que o chefe de seleções da Argentina, Luiz Castro, definiu o Centro de Treinamentos do alvinegro como a segunda casa dos hermanos na América do Sul; durante a preparação para a Copa do Mundo de 2014, eles também utilizaram a estrutura do clube mineiro.
"Estamos muito felizes. Voltamos à Cidade do Galo, que é a nossa segunda casa na América do Sul. Fomos muito bem recepcionados. Temos também uma reciprocidade muito grande com a CBF. Estamos adorando ficar nesta cidade tão linda", disse Castro ao Hoje em Dia. A delegação argentina retorna a Buenos Aires logo após o confronto contra a seleção comandada pelo técnico Tite.
Sobre a tradicional rivalidade entre brasileiros e argentinos, o dirigente diz que fica apenas dentro de campo. Pelas ruas da capital, inclusive, ele pôde sentir o carinho do povo mineiro, antes do duelo válido pela 11ª rodada das Eliminatórias para a Copa da Rússia.
"Tive a oportunidade de sair pela cidade e todo mundo que me olhou com este uniforme me cumprimentou. Não somos inimigos. Somos rivais dentro do campo de jogo. Meus colegas brasileiros são meus irmãos. A gente disfruta do futebol, pensa muito parecido, e não somos inimigos", completa.
Reciprocidade
Anfitrião durante toda a semana, o Atlético também já foi hóspede dos argentinos. Nos duelos contra Lanús, na Recopa de 2014, e Racing (Libertadores de 2016), os mineiros conseguiram a proeza de utilizar toda a estrutura do CT da Associação de Futebol Argentino (AFA); normalmente, a entidade não concede tal privilégio a clubes de outros países.AFA/Divulgação