(Pierre-Phillippe Marcou)
Não é só de resultados surpreendentes – como a classificação da Costa Rica no “Grupo da Morte” – e de festa da torcida que a Copa no Brasil pode se tornar uma das melhores. A atual edição do torneio, que teve a primeira fase encerrada nessa quinta-feira (26), pode ser resumida da seguinte forma: muitos gols, estádios lotados e recordes batidos (alguns outros ameaçados).
Os artilheiros balançaram as redes 136 vezes nos 48 jogos iniciais – de um total de 64 até a partida final. A excelente média de 2,83 gols por jogo é promessa de que essa Copa do Mundo seja a mais ofensiva de todas, desde que a competição passou a ter 32 equipes, em 1998.
Outro ponto a ser destacado é a média de público. Ajudada pela grande capacidade de Maracanã, Mané Garrincha, Itaquerão e Mineirão, o Mundial já levou quase 2,5 milhões de torcedores aos estádios.
Com os exercícios de progressão, pode-se afirmar que essa Copa tem tudo para ser a terceira mais assistida da história, atrás dos torneios realizados na Alemanha, em 2006, e Estados Unidos, em 1994.
Há também as marcas históricas, feitas para serem derrubadas. Miroslav Klose passou em branco contra os EUA, nessa quinta-feira (26), mas já empatou com Ronaldo como o maior artilheiro de Copas, com 15 gols.
O goleiro Buffon, capitão da eliminada Itália, voltará para Turim com o quinto passaporte de Mundial, um recorde empatado com o mexicano Carbajal e o alemão Matthäus. E outro goleiro entrou para a história. O “vovô” colombiano Mondragón superou Roger Milla, de Camarões, e entrou em campo só para se tornar o jogador mais velho a atuar em um Mundial: 43 anos e três dias.
Com tantos ingredientes, pode-se dizer que essa tem tudo para ser a Copa das Copas.