"A defesa saiu mais uma vez derrotada do plenário", declarou promotor

  O promotor Henry Wagner Vasconcelos avaliou como positivo o segundo dia de julgamento de Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", acusado de matar a modelo Eliza Samudio. Na avaliação dele, os advogados do réu não souberam trabalhar com eficiência para beneficiar o acusado. "Mais uma vez a defesa saiu derrotada do plenário", disse.   Durante coletiva realizada na noite desta terça-feira (23), no Fórum de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, o representante do Ministério Público (MP) declarou que todas as testemunhas ouvidas traçaram declarações extremante relevantes que ligam "Bola" no assassinato e ocultação do cadáver de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno.   "Jaílson Alves de Oliveira afirmou ter ouvido que o corpo de Eliza só apareceria se peixe falasse. Ele descreveu até o modo o corpo foi destruído", disse o promotor, informando que essa é a nona vez que o detento dá a declaração.   Sobre os depoimentos do deputado Durval Ângelo e do corregedor-geral Renato Patrício Teixeira, o promotor considerou como postivo para a acusação, já que mostrou o envolvimento dele em duas execuções ocorridas em 2008. "Testemunhas reconheceram os policiais no crime, dentre eles o Gilson Costa e o 'Bola'", disse.   Mais uma vez o promotor voltou a falar sobre a participação do ex-policial José Laureano de Assis, o "Zezé", no assassinato de Eliza. O inquérito que investiga o envolvimento dele no crime corre em segredo de justiça.   Questionado sobre a estrategia adotada pelos advogados do réu, que tentam desqualificar o trabalho dos investigadores, ele foi categórico ao criticar os defensores. "O advogado pressionou Ingrid Calheiros, ele dopava o Bruno para passar mau nas audiências e levou Dayanne a escrever uma falsa carta. Ele ainda quer mostrar que os investigadores não são heróis?", questionou.