Vida Louca, Vida breve, já que eu não posso te levar, quero que você me leve. Assim disse o poeta numa canção que retrata toda a desesperança das pessoas na atualidade.
Na minha coluna de hoje, faço reverência à memória de um grande companheiro que se foi prematuramente e do qual guardo boas lembranças: Geraldo Sá. No mês de agosto farão dois anos de sua morte e é muito triste quando de fato constatamos que pessoas como Geraldo não estejam mais conosco.
Lembro-me das boas viagens feitas ao Mineirão e ao Independência para transmissões esportivas tanto pela Rádio Expressão quanto pela Rádio Terra. Geraldo era um fã de carteirinha do famoso “Tropeiro” do Mineirão e sempre que o acompanhava, eu já sabia que a viagem de volta seria de minha responsabilidade, já que depois de um tropeiro, o bom e velho Geraldo gostava de um cochilo prolongado, talvez de BH a Montes Claros.
Lembrei-me com carinho do esforço feito pelo companheiro para estar numa partida no Castelão, em Fortaleza, da Seleção Brasileira, onde conseguimos transmitir o jogo do Brasil com a presença in loco do grande Geraldo.
Além dessas, Geraldo também foi a Pituaçu, na Bahia, Maracanã, no RJ e fomos juntos ao Mineirão em 2008, juntamente com o também já saudoso Lu Salles, transmitir um clássico entre Brasil X Argentina, com a presença em campo do craque Ronaldo Nazário.
Geraldo Sá era um sonhador. Um bon Vivant. Quase tudo que acreditava e sonhava, ele transformava em realidade. Não existia a palavra “Não” para suas pretensões e realizações. Um belo exemplo de como o otimismo pode ajudar-nos a sair de crises insondáveis e profundas.
No programa Debate Esportivo sua participação era sagrada. Ele carregava consigo uma parafernália que de onde estivesse, acionava os microfones da Rádio Terra para exprimir sua opinião sempre positiva do Esporte de Montes Claros, seja futebol, Vôlei, Handebol e afins.
Geraldo deixou um exemplo que jamais esquecerei: O de acreditar apenas nas qualidades das pessoas. De serenidade em meio aos problemas. De dedicação à família. Certamente um grande exemplo. Dia desses ao passar pelo quarteirão do povo, encontrei o amigo em comum, Zezão relojoeiro que contou-me que os primeiros passos do comentarista foram dados lá no Boca de Pito, no quarteirão da rua São Francisco. Pois é, ele era assim, amigo de todos e amigo de muitos. E gostava sempre de uma boa comida. Que o diga as churrascarias no entorno de BH. Fim de jornada esportiva era sempre garantia de um bom prato para acalmar a alma e o espírito, como ele sempre gostava de dizer.
Geraldo Cardoso de Sá Filho, o grande companheiro das jornadas esportivas, que tanto faz falta. A sua memória dedico a Sapatada de hoje.