Abalada por morte de Bianchi, F-1 fará minuto de silêncio antes do GP da Hungria

Estadão Conteúdo
22/07/2015 às 13:45.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:02
 (FIA)

(FIA)

Mais do que a batalha pelo título mundial, o fim de semana do GP da Hungria deverá ficar marcado por lembranças e homenagens ao francês Jules Bianchi, que morreu na última sexta-feira (17), em consequência das graves lesões sofridas em seu acidente no GP do Japão, em outubro do ano passado.

Diante desse cenário, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou nesta quarta-feira (22) que será realizado um minuto de silêncio às 8h45 (horário de Brasília) do próximo domingo, momentos antes da largada para o GP da Hungria.

Antes de confirmar o anúncio dessa homenagem, a FIA já havia decidido, na última segunda-feira, aposentar o número 17 na Fórmula 1, que Bianchi utilizou durante a temporada 2014, pela Marussia, quando sofreu o grave acidente que acabou provocando a sua morte.

Na última terça-feira, em Nice, cidade natal de Bianchi, foi realizado o funeral do piloto, com a presença de várias figuras da Fórmula 1, como os pilotos Lewis Hamilton, Nico Rosberg, Sebastian Vettel, Felipe Massa e Romain Grosjean, o ex-piloto Alain Prost e Jean Todt, o atual presidente da FIA.

"Foi incrivelmente difícil para todos nos despedirmos de Jules", disse Hamilton. "Gostaria de tê-lo conhecido melhor. Mas pelo que pude conhecê-lo, era uma pessoa com grande coração, com um grande espírito e um futuro brilhante".

Para Hamilton, o acidente de Bianchi mostra que os riscos da Fórmula 1 seguem presentes, mesmo que a FIA já tenha agido para melhorar a segurança dos pilotos. "Agora o esporte segue por um caminho difícil", disse. "Tivemos grandes avanços na segurança, e sei que a FIA seguirá dando passos para melhorar a segurança".

Em 5 de outubro de 2014, na 43ª volta do GP do Japão, Bianchi perdeu o controle da sua Marussia na curva 7 do circuito de Suzuka e bateu no guindaste que retirava o carro do alemão Adrian Sutil, que havia se acidentado pouco antes.

O francês, então, foi levado a um hospital e precisou ser submetido a uma longa cirurgia, com a revelação posterior de que ele sofrera uma lesão axonal difusa. Ainda em coma, estado que não conseguiu deixar, Bianchi foi transferido no final de dezembro a um hospital em Nice, onde acabou falecendo na última sexta-feira.

Bianchi, de 25 anos, competiu em 34 corridas durante as temporadas 2013 e 2014 da Fórmula 1, tendo marcado os primeiros pontos da história da equipe Marussia ao ficar em nono lugar no GP de Mônaco do ano passado.

O francês foi o primeiro piloto a morrer em decorrência de ferimentos sofridos em uma corrida de Fórmula 1 desde que o brasileiro Ayrton Senna, dono de três títulos mundiais, faleceu em 1994, após se acidentar no GP de San Marino.
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