Abrindo a caixa preta

03/10/2018 às 06:46.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:46

A seis dias do primeiro turno das eleições presidenciais, o juiz Sergio Moro retirou o sigilo de parte da delação premiada feita pelo ex-ministro Antonio Palocci no dia 13 de abril de 2018, no processo da Operação “Lava Jato”, tornando públicos os primeiros trechos do acordo. Ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Palocci disse em sua delação que a campanha eleitoral de 2014, em que Dilma Rousseff foi reeleita, custou R$ 800 milhões (mais que o dobro do valor oficialmente declarado) e que a maior parte disso era dinheiro ilícito. O ex-ministro petista afirmou também que estima que das cerca de mil medidas provisórias editadas nos mandatos de Lula e Dilma, em pelo menos 900 houve cobrança de propina.
 
Acordo
Com o acordo de delação, o ex-ministro Antonio Palocci pode ter redução de até dois terços da pena. Ele está preso desde setembro de 2016 na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, condenado a 12 anos e dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Moro incluiu as informações delatadas por Palocci na ação penal do Instituto Lula. A defesa do ex-presidente Lula acusou Moro de agir com “nítido objetivo de tentar causar efeitos políticos para Lula e seus aliados”.
 
Conveniente
Durante seminário sobre os 30 anos da Constituição Federal de 1988, na segunda-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Tóffoli, disse que devido às características ocorridas na época, ele classifica a ação dos militares em 1964 como “movimento” e não mais como “golpe ou revolução”. Segundo ele, integrantes da direita e da esquerda tiveram responsabilidade ao se retirar “por conveniência” e deixar que os militares ficassem no poder. De acordo com o ministro, “os militares foram um instrumento de intervenção, e se algum erro cometeram, foi que resolveram ficar (no governo).

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