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As ações da Embraer subiram quase 5% nesta sexta-feira (2) na Bovespa, após rumores de um possível acordo entre a fabricantes de aeronaves brasileira com a americana Boeing para a construção conjunta de aparelhos comerciais.
Segundo a jornalista Miriam Leitão, colunista do jornal O Globo, as duas empresas concordaram coma criação de uma terceira, focada na fabricação em série de aviões. Assim, o setor de Defesa da Embraer não faria parte do novo grupo, o que deve aliviar as objeções do governo brasileiro à fusão comercial.
Nenhuma das duas empresas, nem o governo brasileiro, confirmaram ou desmentiram a informação. O impacto nos mercados foi imediato.
Às 14H30 GMT, a ação da Embraer subiu 4,85% na Bovespa, enquanto o índice Ibovespa caía 1,42%.
A Embraer, terceira maior fabricante mundial de aviões comerciais, e a Boeing, que disputa com a europeia Airbus a liderança do setor, revelaram em dezembro que discutiam uma fusão.
O governo brasileiro, entretanto, indicou rapidamente que estava decidido a manter seu poder de veto sobre a empresa de São José dos Campos, em nome da "soberania nacional".
A Embraer, nascida como grupo estatal em 1969, foi privatizada em 1994, mas o Estado conservou uma "golden share" ("ação de ouro"), que lhe permite intervir em questões estratégicas.