(Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Mais batidas, mais feridos, mais óbitos. As ocorrências de trânsito envolvendo caminhões cresceram em todos os quesitos em Minas. De janeiro a setembro deste ano foram mais de 19 mil acidentes, que deixaram 334 mortes, conforme a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). O alerta é ainda maior nos próximos meses devido à temporada de chuva, o que eleva os riscos nas pistas.
Para engrossar as estatísticas de 2019, nesta segunda-feira (28) três casos envolvendo veículos de carga foram contabilizados em um trecho de apenas quatro quilômetros da BR-040, na altura de Ribeirão das Neves, na Grande BH. De acordo com a Via 040 – concessionária responsável pela estrada – a sequência de batidas provocou congestionamento.Corpo de Bombeiros/DivulgaçãoEm Três Corações, no Sul de Minas, um caminhão tombou, deixando um morto na noite de domingo
Já na noite de domingo, seis pessoas perderam a vida e 34 ficaram feridas em outra sucessão de acidentes, dessa vez na BR-381, no Sul de Minas. Novamente, veículos pesados estavam envolvidos. No primeiro, uma pessoa morreu após carreta tombar na pista.
O segundo teve relação direta em razão da fila que se formou. Um ônibus não conseguiu parar e atingiu um carro, deixando os quatro ocupantes mortos.
Imprudência
Segundo o tenente André Muniz, da Polícia Militar Rodoviária, grande parte desses registros pode ser atribuída ao desrespeito às normas de trânsito. “O maior causador desse aumento é o ser humano”, afirmou o policial, que atua no Anel Rodoviário.
Lá, de acordo com ele, a maior parcela dos acidentes ocorre quando o condutor ignora, por exemplo, a distância de segurança. “O crescimento desses dados nos últimos anos é puro e exclusivo imputado à falta de atenção do motorista”.
Mas, para o professor e especialista em trânsito Márcio Aguiar, as fiscalizações precisam ser mais frequentes, além de mais investimento em melhorias nas condições das vias. “Do contrário, a cada ano observaremos aumento nas estatísticas envolvendo esses veículos”, destaca.
Ainda de acordo Aguiar, o período chuvoso – que teve início neste mês – contribui para a elevação dos índices. “Quando chove, muitas coisas acontecem. Aquele veículo que não está com a manutenção em dia fica mais suscetível, o motorista não tem visibilidade e a noção de distância fica prejudicada”, acrescentou.