(Alessandra Mendes/Hoje em Dia)
Iniciado na manhã desta terça-feira (27), o julgamento de dois dos réus do caso que ficou conhecido como Chacina de Unai já dura mais de dez horas. Das 34 testemunhas arroladas pela defesa e acusação, 13 já foram ouvidas. Os depoimentos até então são de pessoas chamadas pelo Ministério Público Federal (MPF). Após ouvir policiais ligados à investigação, parentes das vítimas e algumas outras pessoas ligadas ao caso, o MPF questiona agora um dos réus já condenados pelo crime.
Erinaldo de Vasconcelos Silva, que foi responsável pela execução dos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego, deixou clara a relação de Norberto Mânica como mandante das mortes. Segundo Erinaldo, ele foi chamado para matar o fiscal Nelson José da Silva, e quem mais estivesse com ele, a mando do fazendeiro.
Ainda segundo o executor, Norberto mandava dinheiro para ele na cadeia durante um período de tempo.
Além de falar da relação de Norberto com o crime, Erinaldo ainda relatou no depoimento que o fazendeiro teria pedido para ele matar uma família no Paraná, que ele acabou não aceitando.
Erinaldo foi condenado a 76 anos de prisão pelo crime. Além dele, Rogério Alan Rocha Rios foi condenado a 94 anos de prisão e William Gomes de Miranda a 56 anos de cadeia.