Felipe Vicente e Thiago de Casto, acusados pelo Ministério Público (MP) de participarem do assassinato de um sindicalista em julho de 2020, serão julgados pelo júri nesta quarta-feira (3).
Segundo a denúncia, o crime teria sido encomendado pelo ex-vereador de Belo Horizonte Ronaldo Batista. A vítima foi o sindicalista Hamilton Dias de Moura, ex-vereador de Funilândia. Os dois eram adversários no movimento sindical do setor de transportes.
Segundo o MP, Felipe teria organizado a execução do crime, enquanto Thiago teria adulterado provas após o assassinato.
Além da dupla e do político, também teriam participado da execução outras sete pessoas – o processo foi desmembrado, por isso apenas duas pessoas sentam no banco dos réus nesta quarta. Contudo, todos devem ser julgados por júri popular.
A sentença que definiu o julgamento pelo tribunal do Júri foi publicada em agosto de 2021.
Ronaldo segue preso
Na semana passada, Ronaldo Batista teve habeas corpos negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Com isso, ele segue preso preventivamente.
Ronaldo é acusado de pagar R$ 40 mil pela morte de Hamilton. O sindicalista foi morto após ser atraído para uma emboscada em BH, perto da estação Vila Oeste do metrô, e atingido por 12 tiros.
Segundo a acusação, o crime teria sido motivado pelas denúncias que a vítima fez à imprensa e ao Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre supostos desvios de dinheiro de uma entidade sindical.
Em razão das denúncias, o suspeito de homicídio foi condenado ao ressarcimento de R$ 6 milhões e sofreu o bloqueio de R$ 500 mil em seu patrimônio.
Além disso, conforme o Ministério Público, Morais seria líder da organização criminosa conhecida como "Máfia de Sindicatos", que praticaria diversos delitos – inclusive com a participação de agentes de segurança pública –, como a intimidação de adversários para manter seu domínio no meio sindical.
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