(Edson Vara/ Lightpress/ Cruzeiro)
"Milagre existe, e a gente precisa acreditar". Foi com essa frase emblemática e desesperada que o técnico Adilson Batista abriu a coletiva de imprensa após a derrota por 2 a 0 para o Grêmio, nesta quinta-feira (5), na Arena do Grêmio, que deixou a Raposa bem próxima do primeiro rebaixamento de sua história.
Um dos pontos em que o comandante celeste foi mais questionado era a opção de realizar três substituições antes dos 15 minutos do segundo tempo. A escolha de Adilson sofreu um revés com a lesão de Robinho um minuto depois de a Raposa ter queimado a regra três e ter ficado com um jogador a menos no restante da matéria.
A ausência de Robinho foi preponderante para que o Cruzeiro, que estava melhor na partida, sucumbisse à pressão do Tricolor Gaúcho, que conseguiu os dois gols que lhe garantiram o triunfo.
“Fiz a primeira em função de cartão, por preocupação. Acho até que o Ariel merecia a expulsão, para ser bem claro. Um lance que o árbitro relevou. Observei e cobrei uma intensidade maior, para que a gente caprichasse nos lances que aparecessem. Senti que era a hora do Pedro Rocha. Mexemos, o Robinho entrou bem, fazendo a função que sabe bem na construção das jogadas, e ai houve a bola do jogo com ele. Infelizmente teve a lesão”.
“Eu queria ganhar o jogo, a intenção das trocas antes dos 15 minutos era para ganhar o jogo. Então, evidentemente que ninguém esperava essa lesão. Até aquele momento, tínhamos um bom controle do jogo e depois sofremos um gol de contra-ataque, de desatenção e bola desviada. Então, lamentamos, mas o intuito era de ganhar o jogo”, completou Batista.Edson Vara/ Lightpress/ Cruzeiro
Emocional
Sobre o trabalho que será feito para o jogo de domingo, última rodada do Brasileirão, Adilson Batista foi enfático: “É preciso recuperar esses jogadores. O lado emocional é fundamental agora. É repouso e conversa para que a gente faça um grande jogo e vença o Palmeiras, no domingo. É o que nos resta. O torcedor colocará a bola no domingo”.
Para permanecer na Série A, o Cruzeiro – 17º colocado, com 36 pontos – precisa vencer o time paulista no Gigante da Pampulha e torcer para que o Ceará perca para o Botafogo, no Engenhão.