Advogado Fernando Magalhães exalta primeiro dia de trabalhos

Thais Mota - Hoje em Dia
23/04/2013 às 00:46.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:03

O advogado que defende o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", Fernando Magalhães, disse que o primeiro dia do julgamento foi muito bom. Para ele, o depoimento da delegada Ana Maria dos Santos desmerece o Ministério Público e reafirma que não foram encontradas provas de que Eliza Samudio foi assassinada na casa do réu. "Conseguimos através da própria autoridade policial que esta investigação foi urgida, laborada e modificada com o intento de incluir Marcos Aparecido e excluir outras pessoas".

Já sobre a descrição de "Bola" feita por Jorge Luiz Rosa, o advogado se esquivou e disse que quando o menor chegou a Minas foi levado diretamente a indicar o local onde Eliza foi morta. "Ele foi levado direto, cansado, por pessoas que já conheciam a casa de Marcos Aparecido. Ele então teria feito as declarações e em outro momento, teria melhor esclarecido", disse.

O defensor explicou ainda que Jorge não estaria livre, já que seria acautelado naquele momento apenas pelos policiais que o trouxeram do Rio de Janeiro. "Tenho a absoluta certeza de que determinaram a ele modificar a descrição", completou.

Magalhães disse ainda que acredita na inocência de "Bola" e deseja sua absolvição. "Marcos Aparecido declara inocência, diz que não tem qualquer relação com este crime. Há uma coincidência na antena em um único momento: Marcos Aparecido estava na escola e 'Zezé', diz a acusação, estava nas redondezas. Essa é a única prova da acusação", conclui.

O advogado informou que vai mostrar aos jurados como as provas foram modificadas e como o inquérito foi intencionalmente mal direcionado. "Outros personagens gravitaram neste processo e foram esquecidos intencionalmente pelas autoridaddes policiais", disse.

Já sobre o depoimento de Jaílson Alves de Oliveira, que deve ser ouvido nesta terça-feira (23), Magalhães explicou que o detento nunca dividiu cela com "Bola" e afirmou que ele é um "mentiroso contumaz". Jaílson foi quem disse pela primeira vez que os restos mortais de ELiza Samudio foram dados a peixes e que "Bola" teria um plano para executar autoridades policiais envolvidas na investigação do crime.

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