As definições de ontem dos partidos políticos sobre alianças e coligações podem mudar até o dia 15. Consenso entre lideranças adversárias é a de que o jogo só termina quando oficializado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG). As executivas dos partidos, ou comissões formadas em convenção, podem fazer adendos às decisões. Pode-se definir em convenção deixar a decisão para a executiva. Foi o que fez, em parte, o PDT.
Até lá, o senador Aécio Neves (PSDB) e o prefeito Marcio Lacerda (PSB) protagonizam uma verdadeira batalha em busca de aliados, diga-se partidos políticos, para formarem a coligação para seus apadrinhados-candidatos. Eles querem os segundos e minutos preciosos das legendas.
O PDT e o PSD tornaram-se as noivas mais cobiçadas. Carlos Lupi, ex-ministro de Lula, garantiu ao prefeito Marcio Lacerda que o PDT estará com ele. Nesta semana, deve vencer a resistência interna, especialmente do deputado Sargento Rodrigues, que sonhava disputar o cargo majoritário. O PSD de Délio Malheiros deve seguir mesmo destino, desagradando ao atual vice de Lacerda. Se conseguir esses dois partidos, o prefeito sai vitorioso da primeira etapa da sucessão. A resistência é grande. O grupo tucano age para neutralizar os movimentos de Lacerda.
Aécio também não ficou para trás, conseguiu fechar com PP, DEM e PPS. Foi tarefa difícil, já que essas legendas ameaçaram debandada. Com as vitórias, o que se pode dizer é que esta será a eleição mais disputada pelos caciques mineiros nos últimos anos.
Vale Tudo
Nesta disputa, uma das mais quentes de Belo Horizonte, vale tudo. Lideranças do grupo político de Aécio Neves dizem que estudam a possibilidade de acionar o Ministério Público (MP) caso o prefeito faça nomeações de indicados por partidos que vão decidir apoiar Paulo Brant (PSB).
Os cargos em comissão são utilizados, em qualquer governo, historicamente para abrigar aliados políticos dos prefeitos. No caso, as lideranças anti-Lacerda afirmam que o candidato ainda não ganhou, por isso, veem problemas na negociação para compor a PBH.
Eles dizem que, em São Paulo, o Ministério Público foi acionado para investigar se o governador Geraldo Alckmin, que aliás é do mesmo partido do senador Aécio, estaria negociando espaço no governo estadual para partidos que optarem por apoiar o candidato dele, João Dória.
“Vamos fazer pente-fino nas nomeações do segundo semestre na PBH”, dispara um aliado de João Leite, candidato do PSDB em Minas.