(ALE FRATA/ESTADÃO CONTEÚDO)
O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, exaltou mais uma vez a importância da passagem de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) pela presidência e disse que as conquistas do país não seriam as mesmas sem o governo tucano. "Repito o que disse no último debate, não sou o FHC, lamentavelmente. É importante que reconheçamos o caminho que percorrermos até aqui", disse. "Se não tivesse havido estabilidade do governo FHC não teríamos muitas mudanças", completou.
Questionado pela candidata Luciana Genro (PSOL), durante o debate do SBT, se a política em relação aos aposentados dos tucanos fazia com que eles se aproximassem do governo petista, Aécio disse que está disposto a conversar com os sindicatos para melhorar a situação dos aposentados no País. "Estamos conversando com sindicatos para garantir reajuste justo aos aposentados"
Aécio reconheceu que FHC "não acertou em tudo" e voltou a atacar a condução da política econômica da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT). "Em 2016, por descontrole do governo, não haverá aumento real do salário mínimo", disse. Segundo o tucano, além de um reajuste "mais digno" é preciso controlar a inflação para garantir o poder de compra dos aposentados.
Ao comentar a resposta, Luciana Genro disse que Aécio, Dilma e a candidata Marina Silva (PSB) não vão acabar com o fator previdenciário e "que os três privilegiam bancos e milionários". O PSOL defende o fim do fator previdenciário. É preciso valorizar aqueles que trabalharam pelo País.
O tucano rebateu e disse que em seu eventual governo ele vai mostrar a "capacidade" de fazer o país voltar a crescer. Segundo ele, o pífio crescimento do PIB e a inflação, "mostram o absoluto descontrole na economia".
Na sequencia, Aécio questionou o candidato do PV, Eduardo Jorge, e voltou a trazer o tema economia. Ele quis saber do candidato se o fato do Brasil entrar em recessão técnica mostrava um "fracasso" do atual governo.
Jorge disse que sim e que esse é o legado do governo petista. O candidato criticou o que chamou de "Bolsa Selic", com juros altos para garantir lucros aos bancos.
Na réplica, Aécio disse concordar com os pontos colocados por Jorge e continuou a atacar a economia. "Crescimento baixo significa que empregos estão indo embora. O Brasil precisa de um novo ciclo de investimento, com controle de inflação", reforçou. Jorge então ficou surpreso: "Fico surpreso que concorde com a minha bolsa Selic", já que o governo do PSDB foi bastante generoso com bancos.
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