Homens armados e homens-bomba usando uniformes do Exército atacaram na sexta-feira um complexo militar no norte do Afeganistão, deixando mais de 100 mortos ou feridos, conforme autoridades afegãs neste sábado.
O general Daulat Waziri, porta-voz do Ministério da Defesa do Afeganistão, disse que o ataque na sexta-feira a um complexo do 209º Corpo do Exército Nacional Afegão deixou dezenas de soldados e outros funcionários do Exército mortos ou feridos. Os reportes sobre o número de mortes são conflitantes, mas uma fonte dentro do Exército, que falou sob condição de anonimato, pois não estava autorizada a conversar com a imprensa, disse que mais de 130 pessoas foram mortas e cerca de 80 ficaram feridas.
Nos reportes iniciais, o ministério da Defesa havia dito na sexta-feira à noite que oito soldados foram mortos e 11 ficaram feridos.
O general Mohammad Radmanish, vice-porta-voz do Ministério da Defesa, disse que os militantes entraram na base na província de Balkh usando dois veículos militares e atacaram militares do Exército dentro da mesquita do complexo. "Dois homens-bomba detonaram seus coletes cheios de explosivos dentro da mesquita do Exército enquanto todos estavam ocupados com orações de sexta-feira", afirmou.
Waziri disse que havia 10 agressores, incluindo os dois que perpetraram ataques suicidas. Outros oito foram mortos em uma troca de tiros com soldados.
O porta-voz do Taleban, Zabihullah Mujahid, reivindicou a responsabilidade pelo ataque em e-mail enviado para a mídia.
O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, viajou neste sábado para a base e condenou fortemente o ataque, conforme mensagem postada na conta oficial do Twitter do
Palácio presidencial. "Os agressores são infieis", disse Ghani.