São Paulo, 07/05/2014 - A África do Sul realiza nesta quarta-feira a primeira eleição geral com a participação da geração nascida após o Apartheid. As últimas pesquisas indicam que o partido governista Congresso Nacional Africano (CNA) vai se manter no poder, uma demonstração do quão durável é o legado da legenda na luta contra o regime de minoria branca, que terminou em 1994, com a eleição de Nelson Mandela.
Os locais de votação abriram às 7 horas (2 horas em Brasília). Ao todo são 22 mil postos de votação, espalhados por escolas, igrejas, hospitais e unidades móveis que se deslocam para localidades restritas. Cerca de 25 milhões de sul-africanos estão aptos a votar.
O CNA sofre com uma série de escândalos do atual presidente Jacob Zuma e a frustração com a economia e a fraca prestação dos serviços públicos. Contudo, grande parte da população credita ao governo uma melhora na condição de vida.
"A minha pensão, minha casa é por causa deles", disse Mamphele Maluleke, avó de 63 anos, que foi a primeira a votar em uma escola na cidade de Soweto. "Eu amo o CNA", confessou.
A pesquisa de boca de urna não é permitida na África do Sul, mas uma apuração do instituto Ipsos, com mais de 500 eleitores, previu que o atual governo ganharia as eleições com 63,9% dos votos, pouco abaixo dos 65,9% alcançados em 2009. A apuração do pleito será divulgada até o próximo sábado.
O apoio ao CNA surpreende os analistas, que um ano atrás diziam que o partido poderia penar nas urnas, já que o seu passado glorioso virou história e os eleitores se concentraram no lento crescimento econômico e na série de escândalos que caracterizaram o primeiro mandato de Zuma. Com informações da Associated Press e Dow Jones Newswires.
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