(Reprodução/Redes sociais)
O agressor da paisagista Elaine Caparroz, Vinícius Serra, foi transferido nesta quarta-feira (27) para uma unidade do sistema prisional do estado do Rio de Janeiro. Ele estava acautelado em um hospital penal psiquiátrico, mas laudos médicos apontaram ausência de problema mental, como alegado por sua defesa.
Vinícius teve prisão preventiva decretada pela Justiça e ficará preso por tempo indeterminado, até o seu julgamento. A informação de sua transferência foi divulgada em nota pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
“A Seap informa ainda que o interno ficou acautelado na Unidade Prisional em observação médica, onde hoje, após última avaliação psiquiátrica, foi constatado estabilidade no quadro médico. Além disso, após resultados dos exames feitos durante a internação, não houve alteração do quadro clínico psicopatológico. A Seap ressalta que o interno será transferido para uma unidade prisional normal”, diz a nota da secretaria, sem informar, por medida de segurança, o destino de Vinícius.
Paisagista
A paisagista Elaine Caparroz fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), no início da tarde. Ela comentou o resultado do laudo psiquiátrico, que apontou que Vinícius não tem problemas mentais.
“Desde o nosso primeiro contato, em todas as nossas conversas, ele sempre me demonstrou ser um homem bem articulado, coerente, sempre falou e escreveu com clareza. É uma pessoa que estava se formando em direito, eu nunca tive nenhum tipo de dúvida da sanidade mental dele. Até porque eu jamais iria dar oportunidade de trazer para minha casa uma pessoa que eu tivesse uma leve desconfiança”, disse Elaine, após a saída do IML.
IML
Elaine disse, ao sair do IML, que todos os aparelhos do instituto estavam quebrados e que só conseguiu um laudo porque trouxe os seus próprios exames, feitos no hospital.
“Eu estou chocada porque vim fazer os exames e verifiquei que os aparelhos não funcionam. Eu não fiz nenhum exame. Por acaso, eu tive a ideia de trazer todos os exames feitos no hospital. Exames com aparelhos não foi possível fazer aqui, porque nenhum aparelho funciona”, denunciou.
A Polícia Civil, onde o IML é subordinado, foi procurada para se manifestar sobre a falta de equipamentos, mas até a publicação da matéria ainda não havia se posicionado.