Economia

Agro puxa inflação para baixo e deixa frutas e legumes 'mais em conta'; saiba quais

Da Redação
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25/07/2023 às 13:52.
Atualizado em 25/07/2023 às 16:59
Mexerica é uma das "frutas de julho" e, por isso, está com preço mais em conta (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Mexerica é uma das "frutas de julho" e, por isso, está com preço mais em conta (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Algumas frutas, além de legumes e verduras, estão com o preço mais em conta. São os "hortifrutis de julho", que puxaram a inflação para baixo na primeira metade do mês. Pelo menos é o que mostra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) - considerado a prévia da inflação oficial do país -, que registrou queda de 0,07% neste mês, segundo dados divulgados nesta terça-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os "legumes de julho" - e que devem estar com preço mais baixo - são agrião; alho; batata doce; brócolis, cará; cebola; coco; couve; couve-flor; ervilha-comum; ervilha-torta; hortelã; inhame; louro; mandioca/aipim; mandioquinha/batata-baroa; nabo e rabanete. Já entre as frutas, abacate; carambola; cupuaçu; laranja lima; maracujá doce; mexerica/tangerina e morango.

Entre os consumidores que vão ao sacolão com frequência, os preços dividem opiniões. Teve gente que notou a diferença. Já outros, não. "Abaixou nada. Continua a mesma coisa, muito caro ainda. Da lista, alguns itens eu compro e não notei que abaixou", reclamou o engenheiro Luiz Francisco, de 66 anos, que fazia compras em um sacolão no bairro Prado, região Oeste de Belo Horizonte, nesta terça.

No mesmo local estava a professora aposentada Maria de Lourdes, de 80 anos, que, na contramão do outro cliente, conseguiu encontrar preços mais baixo. "Notei que, de um modo geral, os preços dos alimentos melhoraram sim", comentou.

Nos primeiros 15 dias de julho, as principais quedas ocorreram ao consumidor no preço do feijão-carioca (-10,20%), óleo de soja (-6,14%), leite longa vida (-2,50%) e das carnes (-2,42%). Já as altas foram registradas para a batata-inglesa (10,25%) e para o alho (3,74%).

Segundo a assessora técnica do Sistema Faemg Senar, Aline Veloso, mesmo com os altos custos de produção e outras dificuldades, os produtores rurais continuam trabalhando e suprindo o mercado em quantidade e qualidade.

“Com a entrada de novas safras, os preços de alguns produtos tenderão a diminuir ainda mais. Para os itens que estão em alta, a recomendação para o consumidor é fazer as substituições por produtos que estão em safra. Como alternativa à batata inglesa, por exemplo, podemos indicar outros tubérculos, como abóbora, moranga, batata-doce, mandioca, batata baroa, que estão mais baratos e podem ter componentes nutricionais similares”.

Entenda o IPCA-15

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. Segundo o IBGE, a metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Para o cálculo, os preços foram coletados entre 15 de junho e 13 de julho de 2023 (referência) e comparados com aqueles vigentes entre 16 de maio e 14 de junho de 2023 (base).

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