Agroenergia e cultura do sorgo serão temas de dia de campo

Valéria Esteves


Repórter

Promover o desenvolvimento da cadeia produtiva da agroenergia. Esse é o foco do II Dia de Campo sobre bioenergia e cultura do sorgo que vai reunir produtores, empresários, acadêmicos e representantes da sociedade civil na Fazenda Experimental da Epamig em Acauã, localizada no município de Leme do Prado. A fazenda fica às margens da rodovia que liga Diamantina à Araçuaí.

O evento a ser realizado no próximo dia 15 é organizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), Instituto de Desenvolvimento dos Norte e Nordeste de Minas (IDENE) e ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

São esperadas de 500 a 800 pessoas que poderão conferir toda tecnologia desenvolvida para trabalhar com a vocação da região, além de apresentar opções compatíveis com a realidade da comunidade local.

Conforme o gerente da Epamig, Marco Antônio Viana Leite, o objetivo do dia de campo surgiu da idéia de apresentar soluções tecnológicas compatíveis com a vocação da região, e aproveitar o ensejo do programa nacional de biodiesel, para inserir os produtores no sistema produtivo de oleaginosas, a fim de tornar o Vale do Jequitinhonha grande produtor de matéria-prima para o biocombustível. Na oportunidade serão ministradas palestras sobre a cultura do sorgo, haja vista que a intenção é mostrar que o sorgo é uma cultura técnica e economicamente viável para cultivo na região.

Sabedores das dificuldades enfrentadas pelos produtores no período da seca, os organizadores crêem que proporcionar treinamento e qualificação aos técnicos e produtores do Vale do Mucuri e do Jequitinhonha é uma das saídas para a promoção da sustentabilidade, seja do agronegócio, tanto quanto da agricultura familiar.

Segundo o pesquisador da Epamig, Carlos Juliano Albuquerque, a cultura do sorgo pode substituir a do milho, isso porque é mais resistente a déficits hídricos recorrentes em toda região norte-mineira e nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.

ATIVIDADES DURANTE O EVENTO

O II Dia de Campo será dividido em duas etapas. A primeira será marcada por visitas as estações de pesquisa para demonstrações práticas sobre as culturas envolvidas, e a segunda pela realização do ciclo de palestra sobre agroenergia e a cultura do sorgo.

Na segunda etapa palestras como ações do MDA para a agricultura familiar com enfoque no biodiesel, bem como ações da Sedvam para desenvolvimento de produção de oleaginosas através da agricultura familiar, e o uso e comercialização das oleaginosas, tema ser defendido pela Petrobras, serão pautados.

Para o gerente da Epamig, o II Dia de Campo se baseia em oferecer tecnologias que contribuam para viabilidade da produção nesta região e evidenciar esforços para atender a demanda por matéria prima da Petrobras. Nesse tempo em que a meta do governo federal tanto quanto estadual é abrir canais estratégicos para a geração de investimentos em projetos inovadores no agronegócio; proporcionar novas oportunidades de investimento em projetos inovadores e com potencial gerador de emprego e renda é o passo que falta para o desenvolvimento e o arregimento da economia regional.

- Com o evento pretendemos direcionar esforços para atender as demandas da agricultura familiar bem como contribuir com apresentação de novas tecnologias capazes de proporcionar convivência com a seca, e enfim, apresentar também soluções tecnológicas para o agronegócio do Vale do Jequitinhonha e Mucuri - enfatiza Marco Antônio Viana.