Ainda com lembranças de 2014, Brasil pode garantir terceira taça no Maracanã em seis anos

Guilherme Piu
07/07/2019 às 10:44.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:26
 (Alex Ferro/Conmebol)

(Alex Ferro/Conmebol)

Rio de Janeiro - A Seleção Brasileira tem 26 estados mais o Distrito Federal para chamar de lar em território nacional. Mas quando o assunto é o Rio de Janeiro a expressão “se sentir em casa” ganha um significado diferente. 

No Maracanã, estádio que mais recebeu jogos do Brasil, o time Canarinho se prepara para escrever um novo capítulo importante de sua história: jogar a final da Copa América 2019. 

Com 106 jogos oficiais no “Maraca” o Brasil, que no geral atuou 114 vezes em um dos palcos mais emblemáticos do esporte, atingirá um outro feito. A Seleção jogará  uma “trinca de finais” no estádio: Copa das Confederações (2013), dos Jogos Olímpicos (2016) e agora a Copa América (2019). 

O time verde e amarelo pode conquistar o terceiro título em seis anos nesse mágico palco do futebol, mas mesmo assim ficará um gostinho histórico de quero mais para os brasileiros. 

O azar em Copas do Mundo no Brasil

Por mais que seja importante faturar um caneco jogando diante de sua torcida no maior e mais importante estádio do país, a Seleção Brasileira ficou fora da final mais esperada da história nos últimos anos. Do jogo que serviria, talvez, para extirpar aquela que era a maior tragédia do nosso futebol: a derrota na Copa de 1950. 

Chamada de “Maracanaço” a derrota por 2 a 1 de virada para o Uruguai em 1950 abriu uma ferida que em 64 anos sangrou os brasileiros. E essa chaga só se estancou para que a dor mudasse de patamar justamente em outra Copa no País. 

Além de não jogar a decisão da Copa do Mundo de 2014 no Maracanã, onde a Alemanha pelo menos fez o favor de impedir que a Argentina, maior rival histórico do Brasil faturasse o tricampeonato, um rodada antes o Brasil fez o favor de registrar outra vergonha hercúlea em solo nacional: o 7 a 1 na semifinal do Mundial, no Mineirão.

O peso de se jogar no Maraca é tão grande que a Seleção Brasileira, mesmo com um histórico tão próximo com o estádio, há três anos não pisava em seu gramado. A última vez o fez com a equipe Olímpica na grande é inédita conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos.

A Seleção Principal não atua no local onde enfrentará o Peru na final da Copa América há mais tempo. Desde 2013, quando bateu a Espanha por 3 a 0 e faturou a Copa das Confederações daquele ano, tendo Luis Felipe Scolari como treinador. 

E a ligação do Maracanã com o futebol é tão intensa e pesada que o técnico Tite na entrevista pós-vitória por 2 a 0 sobre a Argentina, em Belo Horizonte, citou o quanto há uma simbologia para quem joga nesse palco apoteótico da bola. 

“Quando você fala que é jogador, pergunta: jogou onde? E depois você pergunta: jogou no Maracanã? Não? Então não é jogador! Comigo, é a mesma coisa. Treinou onde? Treinou no Maracanã? Não? Então não é técnico! E agora eu vou treinar no Maracanã pela primeira vez na minha carreira", brincou. 

Histórico 

Naquele que pode ser o jogo do nono título do Brasil na Copa América, a Seleção Brasileira pode vencer pela 76ª vez. 

Os números atuais da Seleção Brasileira no Maracanã apontam a seguinte estatística: 114 jogos (106 oficiais), 75 vitórias, 24 empates e apenas sete derrotas. Foram 256 gols marcados e 73 sofridos.

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