São 11 nomes ligados à Vale e 5 vinculados à Tüv Süd, que assinou laudo de estabilidade da barragem que se rompeu; Schvartsman era um dos 16 réus (Valter Campanato/Agência Brasil)
Alegando problemas de saúde, o ex-presidente da Vale Fábio Schvartsman, que seria o primeiro a ser ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado, que investiga o rompimento da barragem de Brumadinho, na Grande BH, comunicou à casa nesta segunda-feira (18), que não poderá comparecer à sessão marcada para a próxima quinta-feira (21).
Segundo ofício enviado pelo executivo, ele passou por uma cirurgia no olho na semana passada e, por isso, ficará de repouso por sete dias.
A convocação do ex-presidente da Vale foi aprovada na última quarta-feira (13), na comissão parlamentar de inquérito criada para apurar o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho e, conforme a assessoria do Senado, a comissão volta a se reunir nesta terça-feira (19), às 9h, e deve analisar o pedido do executivo.
Schvartsman ocupava o cargo de diretor-presidente da mineradora desde abril de 2017. Ele foi afastado do cargo no dia 2 de março deste ano por recomendações do Ministério Público e da Polícia Federal, após o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, em 25 de janeiro.
Até agora, a tragédia já matou 207 pessoas e outras 101 continuam desaparecidas. Na época do afastamento, Fábio Schvartsman divulgou uma carta afirmando que vinha se dedicando a uma apuração independente dos fatos ocorridos em Brumadinho e que estava atendendo a todas as demandas da imprensa e das autoridades