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Além de Minas, tutores de outros nove estados procuraram a polícia para denunciar a morte de cachorros após ingestão de petiscos contaminados com etilenoglicol. A informação foi revelada nesta sexta-feira (2), pela Polícia Civil de Minas, em coletiva realizada na Delegacia de Polícia de Defesa do Consumidor, em BH.
Segundo a PC, as mortes ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Curitiba, Sergipe, Goiás, Distrito Federal e Alagoas. A corporação, no entanto, não soube dizer o número de óbitos nesses locais.
Em Minas, foram confirmadas sete óbitos em Belo Horizonte e uma em Piumhí, região Centro-Oeste. Seis cães seguem internados na capital.
De acordo com a delegada da Polícia Civil, Danubia Quadros, após repercussão dos casos no Estado, a polícia mineira tem recebido centenas de denúncias de todo o país. "No entanto, não temos competência para cuidar destes casos", diz. A delegada eclareceu que a PC vai investigar apenas as denúncias do Estado. Nos outros, a denúncia deve ser feita nas delegacias locais.
Segundo ela, todos os petiscos recebidos pela polícia nesses estados pertencem ao mesmo fabricante.
Segundo o chefe da PC em Minas, Joaquim Francisco Neto e Silva, o assunto é tratado como prioridade e as polícias têm colocaborado compartilhando informações sobre o assunto. "Queremos elucidar isso da forma mais rápida possivel", diz.
Orientação aos tutores
Danúbia orienta que, se o animal apresentar algum sintoma estranho, as autoridades devem ser procuradas.
"Se o animal apresentar algum sintoma após o uso dos produtos, indica-se levar o alimento à delegacia civil. Em caso de morte, o tutor deve levar o corpo do animalzinho para passar pela necropsia", diz.
Substância
De acordo com perita criminal Renata Fontes Prado Faraco, foi identificada a presença de monoetilenoglicol em um dos produtos encaminhados pelos tutores. "Esta substância não é esperada em nenhum tipo de alimento para animal ou humanos. As análises ainda estão em andamento e mais estudos precisam ser feitos para entendermos como se deu essa contaminação", explicou.
Segundo a perita, a substância é "praticamente igual" ao etilenoglicol, substância encontrada no corpo dos cachorros examinados pela escola de veterinária da UFMG.