Alexandre Silveira pede impugnação da candidatura de Patrus

Ana Clara Otoni - Do Portal HD
19/07/2012 às 16:30.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:41
 (Carlos Roberto)

(Carlos Roberto)

  O secretário de Estado de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira (PSD) acrescentou documentos ao registro de impugnação da candidatura de Patrus Ananias (PT) à Prefeitura de Belo Horizonte nesta quinta-feira (19). Ele já havia solicitado a impugnação junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) na última sexta-feira (13), alegando que o PSD não poderia compor a chapa do petista, já que isso negaria a convenção do partido que decidiu apoiar o candidato à reeleição Marcio Lacerda.    Um dos argumentos de Silveira é de que Patrus Ananias continua sendo presidente do Conselho de Responsabilidade Social da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o que pela legislação eleitoral o tornaria inelegível, já que a federação recebe recursos públicos. Ele teria que ter se afastado da Fiesp quatro meses antes das eleições.    Além disso, o secretário quer saber se a empresa de consultoria de Patrus, a Ananias Consultoria e Assessoria Ltda., prestou algum tipo de serviço a empresas públicas nos últimos seis meses. Um contrato de 2 de abril deste ano, disponível no site do Sebrae, mostra que a entidade pagou R$ 5 mil à consultoria de Patrus.    De acordo com a lei eleitoral 64/90, o petista deveria ter deixado o cargo na empresa seis meses antes da candidatura. “Queremos que a Justiça notifique a coligação encabeçada pelo PT para que apresentem tanto a certidão de descompatibilização da Fiesp como o faturamento da consultoria dele nos últimos seis meses”, disse.    O juiz eleitoral Rogério Coutinho deu um prazo de sete dias para que Patrus Ananias se manifeste sobre o caso, de acordo com o TRE-MG. Depois disso, o juiz decidirá se Patrus continuará concorrendo à prefeitura da capital.

Em nota, a assessoria do candidato Patrus Ananias explicou que o pedido de impugnação da candidatura apresenta "vícios e inverdades, e não encontra fundamento no direito eleitoral". A assessoria confirma ainda que o candidato do PT, por imposição da legislação eleitoral, se desligou da presidência do Conselho Superior de Responsabilidade Social da Fiesp. E que Patrus manteve apenas relação de consultoria, por um determinado período, com a Fundação Roberto Simonsen, com sede em São Paulo, para promoção de estudos na área social.

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