Os sete partidos que apoiavam a candidatura de Marcio Lacerda (PSB) pela coligacão "Minas Tem Jeito" decidiram, nesta quarta-feira (22), apoiar uma terceira via na disputa pelo Palácio da Liberdade.
Os líderes de MDB, PV, Podemos, PDT, Pros e PRB, além de PSB, se reuniram em um almoço no início da tarde e, depois, continuaram a reunião na Assembleia Legislativa para decidir qual nome irá assumir a cabeça de chapa da coligação, bem como o candidato a vice e os postulantes ao Senado.
Segundo o deputado federal Saraiva Felipe (MDB), presidente da Comissão Provisória do partido em Minas, dois nomes foram ventilados para assumir a candidatura ao governo de Minas: o do presidente da ALMG, Adalclever Lopes (MDB) e o do deputado federal Jaime Martins (PROS). Apesar disso, outros nomes também estão sendo discutidos.
"Nós estamos caminhando aí com alguns nomes. Por exemplo, tem o deputado Adalclever, o deputado federal Jaime Martins", disse Saraiva.
Já o deputado federal Mário Heringer (PDT), presidente da legenda em Minas, disse que os partidos estão analisando o candidato com mais chances de ser viabilizado. "Nós resolvemos ter um candidato e para ter candidato estamos vendo quem tem mais viabilidade eleitoral. Estamos trazendo pessoas técnicas de marketing e imprensa para a discussão", disse.
Heringer ainda ressaltou que os partidos estão avaliando uma série de parâmetros para a definicão, como experiência do eventual candidato e até problemas que o nome definido possa trazer à chapa.
"Por exemplo, a gente sabe que tem uma avaliação da sociedade que diz que ninguém quer PT e que ninguém quer PSDB. Mas como é que fica o MDB nessa discussão? O MDB nacional contamina o MDB estadual? É uma pergunta a ser respondida. A gente pode ou deve ter uma mulher disputando conosco?", problematizou Heringer.
Questionado sobre o papel de Marcio Lacerda nesta eleição, Heringer disse que o pessebista "é nosso melhor eleitor" e que o ex-prefeito pode, inclusive, assumir a coordenação da campanha. "Eventualmente, pode (assumir a campanha). Se ele tinha condições de ser nosso governador, coordenador com certeza ele tem condição. Mas ainda não chegamos nesse ponto", completou Heringer.