IPCA sobe na capital, mas famílias que recebem até 5 salários mínimos tiveram inflação menor no mês passado
Preço da batata inglesa está entre as maiores altas registradas em novembro (Maurício Vieira/Hoje em Dia)
Os custos com alimentação voltaram a subir em Belo Horizonte, com alta de 0,41% no custo médio registrado em março. Mas, de acordo com dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG), o aumento foi menor do que o registrado em fevereiro (0,61%). A queda no preços da batata inglesa (-17%) ajudou a segurar a inflação.
"De um modo geral os alimentos subiram de preços, mas a queda da batata após um período de forte alta foi o produto dentre todos que compõe o IPCA (inflação) que mais freou o ritmo de aumento, tanto na alimentação quanto do índice geral. Também pode-se dizer que isto também valeu para a cesta básica, que caiu de preços em relação a fevereiro, também tendo como principal fator a queda do preço da batata", destacou Renato Mogiz Silva, economista e superintendente geral da
Fundação Ipead/UFMG.
No entanto, o custo de vida na capital, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,52% em março, contra 0,24% em fevereiro. A inflação sentida pelas famílias de 1 a 5 salários mínimos, captada pelo IPCR, subiu 0,18% em março, contra 0,25% em fevereiro - no decorrer deste ano, o IPCA de BH registra um aumento acumulado de 2,90%, Outros preços que contribuíram para o aumento da inflação em BH foram do condomínio e do aluguel residencial, além do automóvel novo.
Já o Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR) da capital, que considera os gastos das famílias com renda de até 5 salários mínimos, experimentou alta de 0,18% em março. Portanto, foi registrada uma desaceleração em relação à fevereiro (0,25%), apesar da aceleração em
relação à prévia anterior de fevereiro (0,14%). No ano de 2024, o IPCR acumula crescimento de 2,85% e aumento nos últimos doze meses de 6,53%.
Tabela IPCA março (Divulgação / Ipead UFMG)