(Lucas Prates)
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou nesta quarta-feira (4) a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual. A taxa agora, de 12,75% ao ano, é a maior registrada desde fevereiro de 2017. E é o décimo aumento seguido da Selic.
O presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, declarou que espera que o governo federal utilize a política monetária para conter o avanço dos preços, mas sem comprometer o crescimento econômico.”Necessitamos de um ambiente econômico seguro, capaz de atrair investimentos diretos e com responsabilidade fiscal.” - disse em nota.
Ainda de acordo com Souza e Silva, vários fatores têm contribuído para o descontrole de preços no país e no mundo, como os impactos do conflito russo na Ucrânia que afeta a cadeia de fornecimento. E os recentes lockdowns na China, em função da Covid, que pressionam os preços das commodities que alcançam níveis recordes. O presidente da CDL citou ainda o aperto monetário nos Estados Unidos, que afeta o câmbio do dólar e a inflação.
Mas a elevação das taxas de juros para conter o que considera um “ambiente inflacionário'' prejudicial à atividade econômica impacta negativamente o desempenho da economia real. E as empresas reduzem os investimentos, o crédito encarece, a inadimplência avança e, tudo isso, diminui a renda em circulação, prejudicando a retomada do crescimento e a geração de emprego e renda, conclui o empresário.
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