Alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) seguem, nesta quarta-feira, com o protesto que teve início na noite de terça-feira no imóvel onde funcionava a casa de shows Canecão, localizado no bairro do Botafogo, na zona Sul do Rio. De acordo com a assessoria de imprensa da UFRJ, entre as reivindicações, os estudantes pedem que o local, que pertence legalmente à universidade, seja utilizado como um espaço cultural público.
Cerca de 200 alunos ocupam o local desde às 21h de terça. Segundo a Polícia Militar, que acompanha a manifestação, o protesto é pacífico e não houve nenhum confronto.
De acordo com a UFRJ, o terreno onde está o imóvel foi cedido à universidade em 1950. No entanto, o local foi alugado para que funcionasse a casa de shows. Os alunos afirmam, no site do movimento Ocupância UFRJ, que o aluguel do Canecão não era pago. "Com os preços altos e salgados de antes, o Canecão era para poucos", diz um encarte publicado no site do movimento estudantil. Os alunos querem fazer do imóvel um espaço cultural acessível à população. "Queremos debates, shows, arte, oficinas, exposições, mas sempre acessível para o público em geral."
A Universidade Federal do Rio afirma que o reitor está disposto a conversar com os alunos. Apenas após a reunião com os organizadores do movimento a UFRJ terá uma posição oficial sobre o protesto.
Greve - Além da ocupação do Canecão, o movimento estudantil também reforça a necessidade de uma negociação por parte do governo federal com os professores das universidades federais, que estão em greve desde 17 de maio. A categoria dos docentes pede a reestruturação da carreira como prioridade na pauta de reivindicações. Os alunos pedem também investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do País em educação.
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