Falta de estrutura e repressão aos jornalistas criam tensão no Monumental de Núñez
Imprensa brasileira sofre para chegar ao estádio e tem que caminhar lado a lado com torcida do River Plate (Angel Drumond)
BUENOS AIRES - A segunda partida da semifinal da Copa Libertadores entre River Plate e Atlético Mineiro, realizada no Estádio Monumental de Núñez, nesta quarta-feira (30) trouxe dificuldades inesperadas para a imprensa brasileira. Um ambiente hostil, com falta de infraestrutura e limitações foram impostas pela equipe argentina. Em locais que foram destinados para o trabalho, a escassez de tomadas elétricas e espaço reduzido para redigir matérias.
A área em torno do estádio estava completamente bloqueada, e as vias foram fechadas em um raio que envolve todo o bairro de Núñez, o que dificultou ainda mais o acesso ao local. Após chegar ao estádio com horas de antecedência, houve um desencontro de informações para a retirada das credenciais, o que levou muitos jornalistas a cruzarem o caminho da torcida do River Plate, onde relataram situações de intimidação com olhares hostis e comentários agressivos, intensificando a pressão para a cobertura de uma partida já cercada de rivalidade.
Essas dificuldades ressaltam o clima de rivalidade e a tensão entre torcedores e profissionais de mídia que acompanham a Libertadores. O cenário reflete o desafio de realizar coberturas jornalísticas em ambientes onde a pressão e a restrição à liberdade de imprensa se tornam obstáculos adicionais ao exercício da profissão.
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