(Fabio Rodrigues Pozzebom)
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) notificou neste sábado (2) a administração do aeroporto Presidente Juscelino Kubistchek, em Brasília, após o apagão de hoje. A falta de energia durou cerca de cinco horas. Por causa disso, a multa ao aeroporto pode chegar a R$ 1,6 milhão. O problema, ocorrido das 3h39 às 8h39 fez com que ao menos 66 voos registrassem atraso. Seis foram cancelados, segundo dados da Infraero. Desde o último dia 28, o aeroporto da capital é gerido integralmente pela Inframérica, um consórcio de empresas privadas que venceu uma concorrência lançada pelo governo federal no ano passado. Antes disso, por seis meses a Inframérica e a Infraero atuaram juntas na gestão do aeroporto. De acordo com nota da Anac, a Inframérica "não assegurou a adequada prestação do serviço, o que gerou impacto às operações aéreas e à formação de longas filas no check-in, que teve que ser realizado manualmente". Durante parte da manhã de hoje, o terminal de passageiros ficou sem energia. A Inframérica esclareceu, também por meio de nota, que "não houve qualquer problema no sistema elétrico de controle de voos, não afetando em momento algum o tráfego aéreo". A empresa diz que ainda investiga a causa da pane. A princípio, oscilações na linha de transmissão que abastecem o aeroporto teriam causado a falha. Além da penalidade, a Anac destaca que exigirá do concessionário a apresentação de um plano, que mostre o que será feito para evitar que a falta de energia prejudique as operações do aeroporto novamente. O concessionário terá sete dias para elaborar e entregar o plano à ANAC. Caso descumpra a determinação, a Inframérica pode sofrer nova multa.