Os 810 mil beneficiários da Unimed Paulistana correm o risco de ficar sem amparo do plano de saúde. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 11, uma resolução determinando intervenção na operadora.
Segundo a ANS, foram encontradas na empresa "anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves que colocam em risco a continuidade do atendimento". No ano passado, a operadora teve prejuízo de US$ 39,8 milhões. É a segunda intervenção na Unimed - a primeira foi em 2009.
A ANS, porém, nega que seja uma intervenção e diz que apenas manterá um diretor fiscal em regime especial para avaliar a real situação da operadora. "Na prática, nada deve mudar para os consumidores, pois a operadora deve funcionar normalmente", declarou a agência, em comunicado oficial.
A ação do órgão obriga a Unimed Paulistana a tomar uma série de medidas para demonstrar que pode continuar no mercado, como a apresentação de um programa de saneamento de contas. Ao final do processo, dois desfechos são possíveis: a operadora se recupera e passa a funcionar normalmente ou sofre sanções, que podem chegar à decretação do regime de liquidação extrajudicial - semelhante à falência.
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