Em meio ao avanço dos casos de varíola dos macacos (Monkeypox), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma nota técnica na última sexta-feira (19) com orientações aos Centros de Reprodução Humana Assistida sobre seleção e triagem de doadores de gametas e embriões, nacionais e estrangeiros, bem como cuidados aos pacientes que irão realizar os procedimentos de fertilização assistida.
A decisão da Anvisa vem após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a Monkeypox como Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional, devido aos surtos em alerta países não endêmicos, incluindo o Brasil.
“Destaca-se que nenhum caso de transmissão do vírus da Monkeypox por meio de sangue, tecidos, células germinativas e embriões foi documentado até o momento. Apesar da informação limitada, existe potencial de que o vírus seja transmissível através de substâncias de origem humana”, informou a Vigilância Sanitária em seu site.
Segundo a agência, a precaução surge neste momento porque a infecção causada pelos vírus do gênero Orthopoxvirus, que é o caso da varíola dos macacos, está associada a risco aumentado de complicações na gravidez, incluindo morte fetal, parto e aborto espontâneo.
Orientações a doadores
A nota técnica da Anvisa recomenda, como medida de precaução, que doadores que apresentem possíveis sintomas da doença não doem gametas e embriões até que todas as lesões na pele (principal característica da Monkeypox) estejam totalmente saradas após, no mínimo, 21 após do início da infecção.
“Doadores assintomáticos (que não apresentam sintoma) que tenham tido contato com casos confirmados ou suspeitos, pelo período mínimo de 21 dias, a partir do último dia de exposição, também não devem doar material biológico”, alertou a agência.
A Vigilância Sanitária também pede que estabelecimentos e pacientes observem sinais ou sintomas sugestivos da varíola dos macacos, para que possam realizar criteriosa avaliação de riscos e benefícios, considerando as possíveis complicações relacionadas à infecção durante a gravidez.
“Reitera-se que a nota técnica traz orientações baseadas nas informações científicas disponíveis até o momento, podendo ser alterada diante de novas evidências. Medidas mais restritivas podem ser implementadas de acordo com o quadro epidemiológico local, bem como determinações das autoridades de saúde locais, do Ministério da Saúde e da Anvisa”, disse a agência em seu site.
(*) Com portal da Anvisa.
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