Apisnorte quer que o consumidor conheça os reais valores do mel

Jornal O Norte
12/07/2005 às 17:33.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:47

Valéria Esteves


Repórter

A Apisnorte - Associação de apicultores do Norte de Minas esteve na 31ª Exposição agropecuária divulgando um de seus principais produtos, o mel. Considerando-se mais amadurecidos, os sócios fundadores da Apisnorte levaram para a Expomontes o mel em potes, favos e em quantidades diversas. Tudo para chamar a atenção do consumidor que ainda não considera, na visão dos apicultores, o mel como alimento.

Em todas as embalagens, a presidente, Francis Feitosa de Holanda diz ter colocado a composição do mel, mesmo porque o objetivo é popularizar o mel tanto no Norte de Minas quanto no estado.

Empenhados pelo auxílio do Sebrae na Geor- Gestão estratégica organizada para resultados a entidade tem a pretensão de inserir o mel na cesta básica e na merenda escolar, além de aumentar a produção de mel na região.

Outro grande anseio é convencer os consumidores a utilizar o mel no lugar do açúcar, já que esse produto vem de outros estados. Durante a feira agropecuária foram distribuídas bolachas com mel e não demorou muito para o stand estar lotado de degustadores que acabavam comprando o produto.

ALIMENTO COMPLETO

Segundo os cientistas, o mel é considerado um alimento dos mais completos e nutritivos que a humanidade tem notícia. Conhecido desde a antiguidade, perde-se no tempo a origem de sua utilização para as mais variadas finalidades. Mas a presidente alerta que o consumidor deve ter cuidado ao comprar o mel, porque ele pode estar espremido e não centrifugado e, certamente, estará contaminado. Por questões higiênicas o mel deve ser centrifulgado, para ser removido do favo filtrado e envasado.

- O ponto crítico está localizado exatamente neste processamento. Por isto é importante saber a origem do mel e, mais que isso, a idoneidade de quem manuseia este importante produto - diz a presidente.

Em outros municípios a apicultura tem se manifestado mais intensamente como acontece em Pirapora, onde a produção de mel e seus compostos, própolis, o mel ainda no favo, ou até mesmo no balde, mais comumente trabalhado, segundo os apicultores, rende uma média de até R$ 400.

Na região de Januária, essa atividade também é crescente. O apicultor Roberto Rodrigues diz que com 28 colméias consegue tirar até R$ 300 por mês, sendo que sua pretensão é aumentar a produção.

- Quero viver o restante de minha vida sendo apicultor, mesmo porque não me vejo em outra profissão. Sustento a minha família é com esse dinheiro - diz.

DIVULGAÇÃO

Francis Holanda lembra que a apicultura foi bem divulgada neste ano na exposição e que outros stands, como o da Codevasf, Banco do Nordeste, e o de um outro apicultor da região estiveram explicitando dados sobre a apicultura.

Com gás para promover os trabalhos da associação na região, a presidente informa que hoje estará realizando com seus companheiros de entidade um dia de campo sobre apicultura.

- Tem gente na Apisnorte que, se não tem vocação para lidar com as abelhas, tem para vender os produtos ou confeccionar as roupas, broches entre outros artefatos - diz.

Francis considera essas aptidões como uma oportunidade de organizar a cadeia e tornar a apicultura lucrativa para todos da associação.

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