IUPROST

Aplicativo criado na UFMG auxilia reabilitação masculina da incontinência pós-câncer de próstata

Plataforma usa desafios, recompensas e níveis de progresso para estimular o engajamento dos usuários e facilitar a adesão aos exercícios de reabilitação

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
11/11/2025 às 12:56.
Atualizado em 11/11/2025 às 13:23
 (Freepik)

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Aplicativo desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o IUProst combina ciência, tecnologia e cuidado humano para reabilitar a continência urinária e sexual de homens acometidos pelo câncer de próstata. A plataforma adota estratégias de gamificação - por meio de desafios, recompensas e níveis de progresso - para estimular o engajamento dos usuários e facilitar a adesão aos exercícios de reabilitação.

A coordenadora do projeto e professora da Escola de Enfermagem da UFMG, Luciana Regina Ferreira Pereira da Mata, explica que o aplicativo já está disponível para iOS e Android e conta com mais de 5 mil downloads e 1,3 mil usuários ativos em cinco países.

Para a especialista, o app é importante para “acolher” os inúmeros pacientes afetados pela doença no país. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre homens no Brasil. Estima-se que mais de 65 mil novos casos sejam diagnosticados a cada ano e que, após o tratamento cirúrgico, cerca de 60% dos pacientes enfrentem algum grau de incontinência urinária.

“É o primeiro aplicativo brasileiro de mHealth voltado à reabilitação da continência urinária e sexual de homens pós-prostatectomia (remoção parcial ou total da próstata)”, destaca a professora.

Além disso, está em fase de desenvolvimento a IARA, um chatbot de inteligência artificial que atuará como assistente virtual de saúde, oferecendo lembretes, apoio emocional e orientações personalizadas.

O aplicativo também contará com módulos de recomendações clínicas personalizadas e dashboards preditivos, que permitirão mapear risco, engajamento e evolução funcional dos usuários.

A professora Luciana da Mata destaca que o IUProst traduz 15 anos de pesquisa em uma tecnologia viva, que aprende com os usuários e devolve ciência em forma de cuidado. “Cada dado coletado vira conhecimento aplicado à reabilitação, e cada interação é uma oportunidade de humanizar a tecnologia.”

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