O McDonald’s anunciou nesta segunda-feira (16) que está deixando de atuar na Rússia, após 32 anos, e que suas franquias serão vendidas para uma rede local de lanchonetes. Essa seria uma forma de a empresa responder à invasão russa à Ucrânia em março, que deu início ao conflito.
“Pela primeira vez em nossa história, estamos desfazendo um grande mercado e vendendo nosso portfólio de restaurantes McDonald’s. Eles não levarão mais o nome do McDonald’s nem servirão nosso cardápio. Os Arcos Dourados não brilharão mais na Rússia”, disse o executivo-chefe da rede de fast food, Chris Kempczinski, em carta enviada aos funcionários e franqueados e que foi obtida pelo jornal americano New York Post.
A agência estatal russa de notícias Tass também confirmou nesta segunda que os restaurantes McDonald’s no país reabrirão com um nome diferente já no próximo mês.
De acordo com o New York Post, poucos dias depois que o McDonald’s disse que fecharia temporariamente seus restaurantes na Rússia, a marca foi registrada por uma cadeia russa de hambúrgueres chamada Tio Vanya, cujo logotipo vermelho e amarelo lembra os Arcos Dourados. Porém, o pedido de registro já foi retirado do serviço russo de patentes.
A rede americana de fast food possui 62 mil funcionários em cerca de 847 restaurantes na Rússia. A saída da Rússia custará ao McDonald's entre US$ 1,2 bilhão (R$ 6 bilhões) e US$ 1,4 bilhão (R$ 7 bilhões), juntamente com uma “enorme” taxa de moeda estrangeira, informa o New York Post.
A primeira lanchonete McDonald’s foi aberta na Rússia em Moscou, em 1990, em plena Praça Pushkin. Na época, com o fim da União Soviética e reabertura econômica, os russos fizeram fila e esperaram horas para comprar uma promoção de Big Mac com batatas fritas, todos fabricados localmente.
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