Desde a última sexta-feira a montadora interrompeu a produção por falta de fornecimento de peças da Keiper. Com a paralisação, 18 mil funcionários da Fiat ficaram ociosos. Na região, em toda a cadeia produtiva da montadora, cerca de 50 mil trabalhadores podem ser afetados.

O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Robson Porto, que trabalha como inspetor de qualidade da Keiper, afirmou que há o boato de que a Keiper encerre as atividades em Betim, demitindo 800 funcionários. "Vi que o nosso emprego estava em risco, por isso fizemos a manifestação", afirmou Porto.

O Condutor de Processo Integrado Gilberto Reis trabalha na Fiat há 20 anos e garante nunca ter visto uma situação igual. "Além da crise do país ainda tem essa empresa (Keiper) que comprou a Tower e agora diz que vai fechar. Com isso, pode prejudicar muitos pais de família", protestou.

Há a previsão de outra manifestação nos próximos dias, desta vez com os familiares dos funcionários da empresa e metalúrgicos de outras fornecedoras de peças.

A Fiat informou que estava em processo de negociação com a Keiper para reajustar os valores pagos às peças.