Após dois anos do vexame na Copa, Fred é um dos poucos daquela Seleção que deu a volta por cima
(AFP)
Terça-feira, 8 de julho de 2014. A data, principalmente para quem gosta de futebol, jamais será esquecida. Muito menos o resultado do confronto entre Brasil e Alemanha, válido pela semifinal da Copa do Mundo.
No Mineirão, mais de 58 mil pessoas viram os donos da casa serem arrasados pelos futuros campeões. Em campo, onze jogadores não conseguiram evitar o inesquecível 7 a 1.
Passados dois anos (731 dias, 104 semanas, 24 meses ou 17.544 horas) do vexame histórico, cada integrante do duelo tomou um rumo na carreira.
Enquanto a maioria dos brasileiros perdeu espaço na Seleção e até mesmo nos próprios clubes, alguns poucos conseguiram dar a volta por cima. Foi o caso do atacante Fred, hoje no Atlético.
Massacrado pela mídia e pelos torcedores após a eliminação brasileira, o camisa 99 do Galo, na época jogador do Fluminense, deixou para trás o rótulo de "cone" (atacante ineficiente), retomou o bom futebol que o levou à Copa e voltou a ter números expressivos em campo.
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Naquele mesmo ano, mesmo tendo que conviver com as piadas e com as próprias angústias, Fred levou o Tricolor à sexta posição no Campeonato Brasileiro e encerrou a competição como artilheiro. Naquela edição, ele balançou as redes 18 vezes.
No ano passado, mesmo com algumas lesões, o centroavante continuou marcando seus gols. Em 42 jogos na temporada, foram 22 tentos.
Iniciando 2016 ainda no Fluminense e se transferindo para o Atlético no início de junho, Fred, com 15 gols na temporada, segue em alta no mercado.
Aos 32 anos, já marcou quatro gols em sete jogos pelo alvinegro. Nos braços da Massa e deixando saudade nas Laranjeiras, o "cone" da Copa do Mundo soma 119 tentos na Era dos pontos corridos do Brasileirão e está isolado no topo da lista dos goleadores do período.
Confira a seguir por onde andam os jogadores que entraram em campo contra Alemanha:Carlos Rhienck / Hoje em Dia
JÚLIO CÉSAR (foto)
Goleiro titular. Anunciou o fim da carreira logo após o 7 a 1, depois voltou atrás, mas nunca mais foi convocado. Hoje é titular no clube português Benfica, mas carrega nas costas a marca do massacre alemão.
DANTE
Entrou em campo uma única vez na Copa do Mundo e justamente contra a Alemanha. Depois do vexame nunca mais voltou. Deixou o poderoso Bayern de Munique e hoje está no Wolfsburg.
DAVID LUIZ
Um dos mais criticados na goleada. Ainda assim, seguiu como titular da Seleção na Era Dunga, mas seguiu cometendo falhas e deixou de vestir a amarelinha. É titular do Paris Saint-Germain
MAICON
Ganhou vaga de titular, mas pouco fez durante a Copa. Chegou a ser convocado por Dunga, mas foi cortado depois por indisciplina. Amargou o banco de reservas da Roma e hoje está sem clube.
MARCELO
Absolutamente apático, o lateral-esquerdo perdeu espaço na Seleção para Felipe Luiz. No Real Madrid, é inquestionável, apontado com o melhor do mundo na sua posição.
FERNANDINHO
Um dos piores do 7 a 1, cometeu falhas graves em dois gols da Alemanha. Segue no Manchester City, da Inglaterra, mas perdeu espaço na Seleção Brasileira.
LUIZ GUSTAVO
Primeiro volante de confiança de Felipão, permaneceu na Seleção durante a Era Dunga. Sofreu uma lesão na véspera na Copa América e não está entre os nomes da Seleção Olímpica. Joga no Wolfaburg.Lucas Uebel / AFP
OSCAR (foto)
Marcou o gol de honra. Perdeu espaço na Seleção Brasileira e no seu clube, o Chelsea, da Inglaterra. Pode se transferir para a Juventus, da Itália.
PAULINHO
Entrou no segundo tempo e até tentou diminuir a diferença de 5 a 0, mas não conseguiu ajudar muito e assistiu o placar aumentar. Está no Guangzhou Evergrande (China) onde é treinado por Felipão.
RAMIRES
Atuou apenas no segundo tempo e também não conseguiu se destacar. Foi convocado algumas vezes por Dunga, mas depois perdeu espaço. Deixou o Chelsea, da Inglaterra, para jogar no Jiangsu Suning (China).
WILLIAN
Continua no Chelsea e era um dos nomes certos na lista do técnico Dunga. É titular da Seleção Brasileira.
BERNARD
Substituiu Neymar e teve desempenho bastante questionado. Não voltou a ser convocado. Passa por um momento complicado no Shakhtar Donetsk (Ucrânia) onde foi criticado com frequência pelo ex-técnico da equipe.
HULK
Atuou apenas no primeiro tempo e fez muito pouco pelo Brasil contra a Alemanhã. Atacante, fez temporada incrível no Zenit (Rússia) e foi transferido para Shangai SIPG por inacreditáveis R$ 204 milhões (a maior tranferência do mercado chinês). No grande mercado do futebol não tem espaço.
LUIZ FELIPE SCOLARI (FELIPÃO)
Pouco depois dos 7 a 1 se tornou técnico do Grêmio, mas também não conseguiu decolar. Hoje é treinador do Guangzhou Evergrande, da China, onde conquistou a Liga Chinesa e a Liga da Ásia em 2015 e a Super Copa da China (2016).