Após greve, porcentual de voos atrasados no País dobra

Mário Braga
22/01/2015 às 10:00.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:45

O porcentual de voos domésticos atrasados nos aeroportos operados pela Infraero em todo o País chegou a 18,2% às 8 horas desta quinta-feira, 22, após aeronautas e aeroviários realizarem uma paralisação em diversos terminais entre as 6h e as 7h da manhã desta quinta-feira, 22. Dos 478 embarques previstos até as 8h, 87 decolaram com atraso superior a 30 minutos e 36 foram cancelados, ou 7,5% do total. Às 7h da manhã, a proporção de decolagens atrasadas estava em 9,1% e a de canceladas, em 5,1%.

Os aeroportos com mais reflexos da greve, de acordo com dados da Infraero, são o de Congonhas (SP) e o Santos Dumont (RJ). No terminal da capital paulista, 64,8% das decolagens previstas para o dia foram afetadas. Dos 37 embarques agendados, 12 atrasaram e 12 foram cancelados. Já no terminal carioca, dos 26 voos previstos, 7 atrasaram e 8 foram cancelados, o que revela que 57,7% das operações foram afetadas.

A concessionária que administra o aeroporto internacional de Guarulhos informou que das 18 partidas programadas entre 6h e 7h da manhã, 10 tiveram atraso superior a 30 minutos, mas nenhuma foi cancelada. A GRU Airport ainda não tem dados sobre os efeitos da greve nos voos previstos para após as 7h.

De acordo com informações do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), os grevistas farão assembleias às 15h desta quinta nos aeroportos onde houve paralisação para deliberar os rumos do movimento. Até o momento, não há um balanço sobre a adesão de trabalhadores da categoria à paralisação.

Em assembleias no último dia 14, aeronautas e aeroviários rejeitaram por unanimidade a proposta de reajuste salarial de 6,5%, ou 0,16% de aumento real, oferecida pelo Sindicato Nacional das Empresas Aérea (SNEA) - composto por TAM, Gol, Azul e Avianca - na última rodada de negociação com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte da Central Única dos Trabalhadores (Fentac/CUT), ocorrida no dia 12.

TST

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou ontem que os grevistas assegurassem a manutenção mínima de 80% dos profissionais em serviço. O descumprimento da decisão considera pena de multa diária de R$ 100 mil. Em outra liminar, o ministro determinou também aos aeroviários (pessoal de terra) a manutenção de 80% dos serviços.

Segundo o TST, na negociação salarial, os empregados das empresas aéreas pedem aumento de 8,5% nos salários e benefícios, melhores condições de trabalho e estabelecimento de um piso salarial para os agentes que fazem o check-in.
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