(Divulgação/Santa Casa de BH)
A Santa Casa de Belo Horizonte informa que as obras de recuperação do CTI da unidade, atingido por um incêndio em junho, foram iniciadas esta semana. A instituição filantrópica acredita que poderá anunciar a reabertura total do andar em breve.
O início da reforma foi possível graças à verba arrecadada por meio de doações. O Governo Federal prometeu um repasse de R$ 10 milhões, mas o dinheiro ainda não chegou ao hospital.
Além dos vidros e das janelas que já foram reparados, a Santa Casa informa que fará a compra de equipamentos, móveis e um novo sistema de refrigeração.
A previsão é que todos os 50 leitos seja reabertos, mas não será possível adquirir mais equipamentos além dos essenciais, por falta de verba, segundo a instituição.
A Santa Casa ressalta não pretender abrir uma nova campanha de doação, mas busca parceria com empresas que desejam contribuir com o projeto.
Recursos federais
Os recursos do Governo Federal - que poderiam ajudar a restabelecer a normalidade do atendimento do hospital filatrópico - vão chegar apenas em 2024, informou a Santa Casa. Em 1º de julho, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, visitou a instituição e anunciou a destinação de R$ 10 milhões.
Porém, o hospital explicou que são necessários alguns requisitos legais e que o prazo entre a liberação dos recursos e a realização das licitações dos aparelhos pode demorar até 18 meses.
"Os nossos pacientes não podem esperar. Por isso, criamos a campanha de financiamento coletivo", afirmou Roberto Otto, provedor da Santa Casa.
Relembra o caso
No dia 27 de junho, noite de uma segunda-feira, o 10º andar da Santa Casa de BH - onde estão localizados os leitos de CTI da unidade - foi atingido pelo incêndio.
O fogo teria iniciado em um quarto, causado por vazamento de oxigênio atrelado à pane de um equipamento. Houve uma pequena explosão, segundo relato de uma funcionária e, em seguida, as chamas começaram a se alastrar.
Dois pacientes, que segundo a Santa Casa apresentavam quadro clínico grave e estavam internados, morreram após transferência realizada durante o incêndio. De acordo com o Corpo de Bombeiros, as mortes não tiveram ligação direta com o ocorrido, não sendo causadas por queimaduras ou inalação de fumaça.
Já a Polícia Civil afirmou ter recebido três corpos no IML.
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