(Wikimedia Commons/Reprodução)
As mortes de três pacientes, em Campinas, no interior de São Paulo, após terem se submetido a um exame de ressonância magnética, na segunda-feira (28) fez muitos pacientes que tinham exames de ressonância magnética agendados para a quarta-feira (30) não compareceram. A informação é do médico radiologista Conrado Cavalcanti, conselheiro técnico da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed). "O número de faltas aumentou muito em todos os serviços: desde hospitais como o Sírio-Libanês e o Albert Einstein, até clínicas pequenas no interior. Deixando de fazer o exame, os pacientes terão o diagnóstico atrasado", diz.
Entre os que compareceram, muitos não permitiram a injeção do contraste, segundo Cavalcanti. "Criou-se um ambiente de pânico e o grande prejudicado é o paciente. Nos casos em que o contraste é indicado, ele traz um grande benefício para o diagnóstico." Segundo as assessorias de imprensa do Einstein e do Sírio-Libanês, não foi registrado um número anormal de faltas.
Especialistas ressaltam que ainda não é possível ter ideia do que pode ter dado errado no caso dos três pacientes de Campinas. Para o médico radiologista Cláudio Campi de Castro, professor responsável pela disciplina de Diagnóstico por Imagem da Faculdade de Medicina do ABC, é importante saber a causa exata da morte dos pacientes e aguardar a análise dos produtos utilizados nos procedimentos.
Reação
"A hipótese de que o problema seja o contraste é muito pouco provável. Poderia até ter sido, mas se foram injetados contrastes de fabricantes diferentes, isso torna a situação pouco possível", diz Castro. Ele acrescenta que qualquer medicamento aplicado na veia pode provocar reação alérgica e levar à morte. Mas a incidência do problema é muito pequena, "menos de um em um milhão". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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