(Eugênio Moraes/Arquivo Hoje em Dia)
Depois de ser afastado duas vezes do cargo por suspeitas de desvios milionários a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), Lázaro Gonzaga, voltou ao comando da entidade na última quinta-feira (11). Novas investigações estão em curso e outra intervenção na entidade pode ser instituída, segundo o promotor de Defesa do Patrimônio Público, Eduardo Nepomuceno.
Por nota, a Fecomércio-MG informa que Lázaro reassumiu a presidência “em razão do término do prazo de afastamento fixado pelo Poder Judiciário, além de não haver outra determinação judicial de novo afastamento”.
A primeira intervenção judicial na entidade teve início em junho de 2015, decretada pela juíza Lucimeire Rocha, da Vara de Inquéritos Criminais de Belo Horizonte. A segunda, em novembro. As intervenções são uma extensão de investigações no Sesc e no Senac. Como as entidades, mantidas pela Fecomércio-MG, recebem doações, o capital movimentado por elas são considerados públicos.
Histórico
No final de novembro, foi expedido mandado de prisão contra o executivo, com o objetivo de evitar novos crimes e uma possível destruição de provas do inquérito. Lázaro foi considerado foragido, até que conseguiu um habeas corpus.
“A ordem judicial que havia decretado a prisão foi revogada por ordem do Tribunal de Justiça de Minas Gerais em face da comprovação, pelo presidente, da regularidade dos atos praticados e da total ausência de motivos para tal medida extrema”, informa a nota enviada pela Fecomércio-MG.