(Cemig/Divulgação)
Melhor visualização do quadro, maior tranquilidade na leitura do material usado no dia a dia e tom da luz mais leve. Esses são alguns dos benefícios apontados por alunos de escolas estaduais que estão recebendo lâmpadas de LED em Minas Gerais. A iniciativa, de acordo com professores, deixa os estudantes mais despertos.
A substituição das luzes incandescentes ou fluorescentes está sendo feita pela Cemig, dentro do programa Energia Inteligente. Além do reflexo positivo na aprendizagem, as novas luminárias consomem menos energia, reduzindo o consumo.
Exemplo
Na Escola Estadual Coronel Artur Tibúrcio, em Passa Quatro, no Sul de Minas, as melhorias são percebidas. Lá, 314 lâmpadas e 157 luminárias receberam a nova tecnologia.
“Para os alunos, mudanças são sempre bem-vindas. Logo no primeiro momento eles revelam o impacto de uma sala bem iluminada”, comenta a professora Roberta Ladeira, do ensino fundamental da unidade.
A educadora observa que, em um ambiente com pouca claridade, os estudantes demonstram mais cansaço e desânimo. Para ela, com a nova iluminação, esses problemas acontecem com menor intensidade, o cérebro da criança fica mais atento e o pique para o estudo é bem mais animado.
“O ganho é para todo mundo, pois com muitas lâmpadas queimadas e luminárias não funcionando, com certeza, o aprendizado dos alunos estava sendo prejudicado”, explica a diretora da escola, Larissa Souza Tibúrcio.
Noturno
A nova iluminação é aposta de melhor experiência para os jovens que serão recebidos no turno da noite na Escola Estadual Wilson Diniz Filho, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
A partir do segundo semestre, no período haverá aulas dos cursos técnicos de magistério, administração, agente de saúde e recursos humanos. “É um diferencial contar em todas as salas com as lâmpadas de LED”, diz a vice-diretora, Elvira de Fátima.
Quem já está matriculado na instituição também comemora. É o caso de Suely Alves da Silva, de 15 anos, do 9º ano do ensino fundamental. “Já não se ouve reclamações quanto à escuridão na biblioteca. Está bem melhor para estudar”, afirma.
Abrangência
Em sete meses de execução, já foram concluídos os serviços em 90 das 169 escolas contempladas na primeira fase do projeto. Até o momento, em todo o Estado, já foram investidos R$ 2,2 milhões.
A segunda etapa do programa já vem sendo estruturada pela Cemig, em parceria com o governo do Estado, e o número de instituições de ensino atendidos será ampliado.
Além Disso
Uma das diretrizes da Cemig é disseminar entre a população a cultura do uso consciente e sustentável de energia. Desde 2015, a empresa já investiu mais de R$ 170 milhões na implantação de projetos na área. Só no ano passado foram R$ 71 milhões. O Energia Inteligente abrange quase 600 municípios mineiros.
Regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o programa é baseado no incentivo à mudança de hábitos, buscando a redução do desperdício como forma de bom uso e preservação dos recursos naturais.
Os projetos são voltados para clientes de baixa renda, entidades sem fins lucrativos, prefeituras, hospitais, iniciativa privada e para a área de educação. Entre outras ações, destacam-se a substituição de chuveiros elétricos por sistemas de aquecimento solar e de lâmpadas ineficientes e autoclaves antigas com alto consumo de energia por modelos mais modernos.
Custo com manutenção e impacto ambiental são destaque
O projeto Energia Inteligente, da Cemig, também busca reduzir custos de manutenção elétrica para as escolas e disseminar a tecnologia LED, que é mais eficiente. Além disso, todo o material substituído está sendo destinado à reciclagem, o que minimiza os impactos ambientais e a geração de resíduos sólidos.
“Como benefícios macros, ajuda a reduzir a demanda no horário de ponta do sistema elétrico e do consumo total de energia, uma vez que a substituição das lâmpadas gera uma redução do consumo de até 85% em cada ponto de iluminação”, explica o analista de comercialização da Gerência de Eficiência Energética da Cemig, Neander Geraldo Resende Lima.
A previsão, ao final da primeira etapa do projeto, é que se consiga economizar 575 kW de demanda na ponta e 2.380 MWh de energia a cada ano, o que seria suficiente para atender a 1.600 residências.
Com a disseminação dos benefícios da eficiência energética junto às escolas, aos alunos, ao poder público e às comunidades, o projeto influencia positivamente na mudança de hábitos, contribuindo para a diminuição da necessidade de novos investimentos em usinas e ampliação das redes.